Antigamente
o sexo era um tabu na vida das pessoas – pouco se falava a respeito e usavam-se
figuras de linguagem para justificar o nascimento. Com o tempo ele deixou de
ser um assunto polêmico e passou a ser tratado como algo natural e inerente a
qualquer ser humano. Hoje ele implica na questão da saúde, haja vista que é
praticado sem fins reprodutivos e por meio dele pode haver a propagação de
doenças sexualmente transmissíveis.
Vivemos em uma sociedade em que,
teoricamente, somos orientados a ter apenas um parceiro, porém os princípios
éticos e morais variam de indivíduo para indivíduo. Então, acredita-se que não
é errado se relacionar com várias pessoas antes de conhecer aquela com quem
queremos casar. E o casamento não impede a possibilidade de relacionamentos
“extraconjugais”. Isso, lógico, dentro de uma ótica pagã.
Sabe-se
que hoje em dia é muito fácil ter acesso a conteúdos eróticos. Logo, todos
estão expostos, seja através da televisão, internet... A descoberta da
sexualidade acontece em momentos diferentes para cada indivíduo – uns muito
cedo, outros sequer sabem lidar com ela. Estudos têm apontado a pedofilia, como
um “distúrbio” sexual (ela e outras variações como zoofilia, incesto etc).
A banalização do sexo acontece
quando sua prática é desvirtuada de seu verdadeiro fim (teoricamente a
procriação) – apenas para satisfação pessoal e busca de prazer. Com o advento
dos métodos contraceptivos, culturalmente entende-se que se uma gravidez pode
ser evitada, por que não praticar o sexo casual? Sob esse ponto de vista,
podemos concluir que se faz bem ao indivíduo por qual razão reprimir a libido?
As diversas fontes de prazer nos
leva refletir se existe uma motivação plausível para a prática sexual: é uma
expressão racional de um sentimento? É algo instintivo? É um hábito saudável e necessário? Novamente
ciência e religião tentam conciliar paradigmas – uma defende a ato como algo
saudável que deve ser praticado com segurança, a outra acredita que devemos
ponderar nossos desejos e vontades. O fato é que não podemos viver em função
dele, sendo o sexo apenas um complemento e não prioridade nas relações humanas.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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