segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sexo casual

         Antigamente o sexo era um tabu na vida das pessoas – pouco se falava a respeito e usavam-se figuras de linguagem para justificar o nascimento. Com o tempo ele deixou de ser um assunto polêmico e passou a ser tratado como algo natural e inerente a qualquer ser humano. Hoje ele implica na questão da saúde, haja vista que é praticado sem fins reprodutivos e por meio dele pode haver a propagação de doenças sexualmente transmissíveis.
            Vivemos em uma sociedade em que, teoricamente, somos orientados a ter apenas um parceiro, porém os princípios éticos e morais variam de indivíduo para indivíduo. Então, acredita-se que não é errado se relacionar com várias pessoas antes de conhecer aquela com quem queremos casar. E o casamento não impede a possibilidade de relacionamentos “extraconjugais”. Isso, lógico, dentro de uma ótica pagã.
Sabe-se que hoje em dia é muito fácil ter acesso a conteúdos eróticos. Logo, todos estão expostos, seja através da televisão, internet... A descoberta da sexualidade acontece em momentos diferentes para cada indivíduo – uns muito cedo, outros sequer sabem lidar com ela. Estudos têm apontado a pedofilia, como um “distúrbio” sexual (ela e outras variações como zoofilia, incesto etc).
            A banalização do sexo acontece quando sua prática é desvirtuada de seu verdadeiro fim (teoricamente a procriação) – apenas para satisfação pessoal e busca de prazer. Com o advento dos métodos contraceptivos, culturalmente entende-se que se uma gravidez pode ser evitada, por que não praticar o sexo casual? Sob esse ponto de vista, podemos concluir que se faz bem ao indivíduo por qual razão reprimir a libido?

            As diversas fontes de prazer nos leva refletir se existe uma motivação plausível para a prática sexual: é uma expressão racional de um sentimento? É algo instintivo?  É um hábito saudável e necessário? Novamente ciência e religião tentam conciliar paradigmas – uma defende a ato como algo saudável que deve ser praticado com segurança, a outra acredita que devemos ponderar nossos desejos e vontades. O fato é que não podemos viver em função dele, sendo o sexo apenas um complemento e não prioridade nas relações humanas.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

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