O
Brasil vive um verdadeiro carnaval nas ruas, onde quem se diverte são os foliões
mascarados e quem paga a conta somos nós. Estamos falando das manifestações que
ganharam outra face ao incorporarem indivíduos empenhados na destruição e
violência, grupo esse chamado de Black
Block. Estes aproveitam o ensejo dos grupos ativistas para causar baderna,
caos e depredação de patrimônio, colocando em risco cidadãos de bem,
trabalhadores e famílias.
Especialistas
oscilam entre garantias individuais, como o direito de liberdade de expressão e
direitos fundamentais como segurança e proteção. Ao alegar que todo ato de
protesto é legítimo, sucumbem o verdadeiro sentido de um manifesto pacífico. Não
se sabe mais os reais motivos, pois o que deveria ser um exercício democrático
acaba virando desordem, caos e anarquia.
Motins
que não tem hora nem dia para começar afetam a sociedade como um todo, pois
comprometem o transporte, a qualidade dos serviços, ameaçam o comércio e geram
custos ao governo e aos empresários que têm que fazer reparos, manutenção ou
substituição de tudo que é destruído pelos vândalos. Quem paga por tudo isso é
o próprio cidadão, seja através de impostos mais caros, seja por meio da
inflação.
Essa
violência barata e gratuita remete aos primórdios, onde não tinha outra forma
de conseguir algo a não ser através da força e guerra. As autoridades que
deveriam tomar soluções enérgicas são vítimas de uma justiça que faz vista
grossa a crimes de menor potencial ofensivo. A sociedade demora séculos para
construir valores que caem por terra em fração de segundos.
Indivíduos
insolentes sempre existiram, mas esses que usam o estado democrático de direito
como pretexto para fazerem o que querem não merecem ser chamados de cidadãos –
precisam ser punidos, não como criminosos, mas como terroristas que ameaçam a
democracia, o direito da liberdade e a necessidade de segurança. Enquanto perdurar
a impunidade, pessoas de bem, inocentes, que não têm culpa de nada pagarão o
preço por viver numa sociedade sedenta de justiça e paz.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos