A
saúde brasileira tem sido alvo de muitas especulações depois do programa “Mais
Médicos” instituído pelo governo federal. Como se já não bastasse a importação
de médicos cubanos, sob o pretexto de que os daqui não querem trabalhar,
soma-se a denúncia feita pela TV Globo onde médicos são flagrados vendendo
receita sem consulta. Coincidentemente ou não, a gente sabe que tais práticas
sempre existiram nas mais diversas áreas e profissões. Todavia isso não justifica
sair por aí forjando receitas e prescrições. A reportagem veio a calhar em um
momento no qual já se fala sobre candidaturas à presidência nas eleições de
2014.
O
atual governo comunga com regimes ditatoriais como o da Venezuela, Cuba e
Bolívia e costuma dar presente de turco aos pobres, doando com uma mão e surrupiando
com a outra. Aqui, arrecada-se muito e distribui-se mal, quando não os recursos
nem são destinados aos setores emergentes, pois o funcionalismo público morde
grande fatia do PIB (Produto Interno Bruto).
Hugo
Chávez, ex-presidente venezuelano deixou uma herança ao país, controlando os
veículos de comunicação e obrigando seus cidadãos a ouvirem horas de propaganda
governamental nas rádios do país. Aqui, embora ainda haja liberdade de
expressão (pelo menos em tese), existe manipulação de certos veículos –
empresas que atuam no ramo de telecomunicação e que fazem propaganda
governamental. No Brasil também, costuma-se vender o que ninguém compra – muita
gente não sabe, mas o endividamento da Petrobras cresce a cada ano e não há
perspectivas de melhora. É claro, esses meios de comunicação ganham muito para
falar bem de que os mantém.
A
gente já viu que a ousadia petista é tamanha que o país parece mais a casa da
mãe Joana – carece de ordem e progresso. Até a justiça que deveria dar exemplo,
é frouxa. Aliás, o legislativo trabalha de forma que a leis sejam dúbias, onde
sempre pode haver uma interpretação subjetiva.
Uma
democracia não impõe regras, mas sim dá liberdade aos seus cidadãos. O direito
ao voto deixa de ser exercício de cidadania, quando este é obrigatório. Mas aqui
não poderia ser diferente - a massa é quem faz a diferença na contagem dos
votos, por isso é preferível deixar muitos analfabetos, pois quanto menor o
grau de instrução, maior a probabilidade de persuasão.
Basta
ouvir opiniões de quem tem compromisso com a verdade e que não precisa ser
conivente com um governo déspota, para enxergar aquilo que a mídia distorce e/ou
manipula. Ela dita moda, tendência, influencia comportamento, mas é preciso ter
concepção própria acerca dos fatos e
senso crítico para conquistar autonomia e não alienação.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
Leia também:http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/economia/a-grande-ilusao-do-governo-dilma/
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