sexta-feira, 31 de maio de 2013

Diversidade sexual

Muitas discussões pairam à respeito da homossexualidade. Alguns acreditam que o indivíduo já nasce assim e outros defendem que ela é influenciada pelo ambiente social, somada à figura dominadora do pai ou da mãe. Os que creem na influência do meio têm aversão aos argumentos genéticos e afirmam que não se pode limitar o comportamento humano aos fatores genéticos.
As pessoas homoeróticas são aquelas que têm atração por indivíduos do mesmo sexo. Muitos dizem que elas fazem a opção sexual pelo mesmo gênero, mas é sabido que o homossexual não escolhe ser gay – ele é apenas orientado pela sua própria existência a ser o que é. Logo o termo correto a ser empregado é “orientação sexual”.
Até onde se sabe, sempre existiram mais heterossexuais do que homossexuais. O aspecto da sexualidade humana é tão complexo que existem desde os heterossexuais convictos aos que não tem atração nenhuma pelo sexo oposto. “Teoricamente, cada um de nós tem discernimento para escolher o comportamento pessoal mais adequado socialmente, mas não há quem consiga esconder de si próprio suas preferências sexuais” (Drauzio Varella).
            O processo de descoberta e aceitação da própria sexualidade é muito mais conturbado no gay. Primeiro, ele já tem sua orientação reprimida, segundo, seus sentimentos e desejos são conflituosos, e, por último, tem que aprender a lidar com o preconceito e enfrentar a realidade.
            Em suma, o homossexualismo independe do comportamento adotado em sociedade. Ele não é uma opção individual – simplesmente se impõe em cada pessoa. Logo é preferível aceitar a diversidade sexual do que insistir num preconceito contra um fator biológico inerente à condição humana.

Tragédia em Santa Maria


            O que aconteceu em Santa Maria-RS no dia 27 de janeiro deste ano não foi fatalidade. É fato que muitas bandas/grupos usam de artifícios para chamar a atenção do público e proporcionar interatividade à sua apresentação. Contudo, fazem isso de maneira planejada. E não foi o que ocorreu naquele dia.
            A prisão de dois integrantes da banda (Gurizada Fandangueira) e de dois sócios da “Boate Kiss”, reascendeu discussões sobre os principais responsáveis pelo incêndio. Recentemente os quatro foram libertos sob o pretexto de que são réis primários, não oferecem risco à sociedade e não atrapalhariam as investigações. Magistrados dizem que uma vez enquadrado o crime como doloso e hediondo, os acusados não poderiam responder em liberdade.
            Reflita que aquele incêndio apagou a chama da esperança em muita gente. Não que a morte seja o fim da vida, mas um morte jovem e prematura, causada por um motivo torpe, indigna qualquer pai e mãe que cria seu filho com o intuito de que ele cresça e se torne motivo de orgulho para toda família.
            Imagine 242 médicos, professores, advogados... Agora reflita quantos talentos desperdiçados, quanto sonhos desfeitos, quantos profissionais a menos no mercado. Tudo isso devido a imprudência de pessoas, que embora não tenham tido intenção, poderiam ter evitado tamanha destruição e dor.
            A tragédia mostra o descaso na vida noturna – a incapacidade dos estabelecimentos em lidar com situações de emergência e a ineficácia da gestão pública em fiscalizar casas de entretenimento. A sociedade clama por justiça. Num país onde se devia trabalhar com a prevenção, conserva-se um modelo reativo, onde vidas tem que serem ceifadas, para só depois tomarem as devidas medidas cabíveis.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sustentabilidade começa em casa

Nos últimos tempos nunca se ouviu falar tanto em sustentabilidade. A utilização de fontes renováveis de energia, a reciclagem de resíduos sólidos, o racionamento de água e energia, entre outros, são ação voltadas ao desenvolvimento sustentável, de modo que reduzam o impacto no meio ambiente.
A emissão de poluentes como o gás carbônico ainda é o grande vilão nessa história, tendo em vista que os principais agentes são as indústrias e os veículos automotores. São Paulo e Rio de Janeiro já têm programas que controlam e fiscalizam a emissão do C02  produzidos pelos automóveis, ônibus e caminhões.

Somada à poluição, temos ainda o problema do desmatamento, principalmente na região amazônica. A floresta legal, ainda sofre com a ação do homem. Assim, cada vez mais árvores deixam de absorver o gás carbônico e liberar oxigênio.
Tal degradação é justificada pelo progresso das cidades, pelo desenvolvimento econômico e pelo uso inadequado dos recursos naturais. A falta de planejamento leva exploração de maneira irracional e aleatória, sem se preocupar com as consequências à longo prazo.
É preciso mudança de hábitos para contribuir com a natureza. Evitar desperdícios é um bom começo. Mas isso apenas não basta. É dever nosso também cobrar ações de gestores e órgãos ambientais, denunciar irregularidades, e acima de tudo, não se omitir, pois o problema é coletivo, mas a responsabilidade é individual.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos




quarta-feira, 29 de maio de 2013

Chama que se apaga

             É lastimável o cenário brasileiro no que diz respeito ao tráfico e ao consumo de drogas.  Elas movimentam milhões num mercado ilegal e servem como meio de vida para muitos traficantes. Não bastasse o perigo à saúde que provocam, a sociedade fica à mercê de delinquentes que necessitam de dinheiro a qualquer custo para sustentar seu vício.
            O governo tem feito ações preventivas para evitar que mais jovens caiam nesse mundo ilusório, mas até o momento não houve nenhum plano estratégico eficaz que combatesse o tráfico e sua distribuição às pessoas.
            Vale ressaltar que de nada adianta investir em programas que visam a erradicação das drogas no país se não houverem medidas protecionistas nas fronteiras com os países vizinhos, que produzem a droga e conseguem infiltrá-la no Brasil.
            Enquanto isso, a população tem que conviver com a ameaça de delinquentes que não medem esforços para conseguir dinheiro a fim de angariar fundos par sustentar seu vício. Agora o governo quer internar compulsoriamente usuários que não conseguem se livrar das drogas, sob pretexto de que nas ruas eles estão vulneráveis, bem como alimentando esse círculo vicioso.
            Na luta contra as drogas e a favor da sobrevivência, é papel de todos somar esforços para combater a máfia que contamina uma legião de pessoas perdidas no ópio e na marginalidade. É de extrema importância reivindicar políticas que visam não somente ajudar usuários, mas contudo denunciar quadrilhas que financiam o crime e contribuem para os índices de violência e criminalidade.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
           

            

Cibervício - vício em internet

A democratização da internet tem se dado gradativamente, pois estima-se que mais da metade da população brasileira ainda não tem acesso à mesma. Entre seus usuários, destacam-se jovens com idade entre 15 e 19 anos. Ela também trouxe um problema ainda pouco discutido – o cibervício – a necessidade de ficar sempre conectado.
Com a era dos “smartphones”, as pessoas tendem a ficar cada vez mais tempo “on-line”. Tal hábito, ao mesmo tempo que proporciona interação entre usuários, por outro lado, fragiliza as relações pessoais, uma vez que o indivíduo pode evitar compromissos “off-line”.
A pessoa viciada em internet tem falta de interesse em atividades que sejam realizadas fora da rede ou longe do mundo digital – fica constantemente preocupada quando não está conectada e mal consegue pensar em outra coisa. Pode apresentar alterações de humor, irritabilidade e até mesmo depressão.
Segundo a Folha de São Paulo, até mesmos os jogos mais populares da internet podem provocar dependência. Logo é deve dos pais supervisionar o tempo que seus filhos passam conectados.
É preciso ter sensibilidade para identificar quando a navegação na internet passa a ser um problema na vida do internauta. Assim como qualquer outro vício, é necessário atenção quando o jovem apresentar algum sintoma, e se for o caso, procurar ajuda de um especialista.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos


Combate à pedofilia

Um assunto polêmico que precisa ser elucidado é questão da pedofilia, que no Brasil é designada como estrupo de vulnerável. O crime vitima milhares de crianças e representa uma ameaça aos valores éticos, morais e religiosos da sociedade. Tal ato fere a honra do abusado, comprometendo seu desenvolvimento psíquico social.
Segundo especialistas, o ato sexual entre adolescentes e adultos, isoladamente, não configura pedofilia, já que depende da idade do consentimento, além de que a emancipação de menores é algo pouco estudado no tocante à vida sexual.

“Muitas vezes, o criminoso é uma pessoa próxima à criança, que se aproveita da fragilidade da vítima para satisfazer seus desejos sexuais. Em outros casos, razões não-sexuais podem estar envolvidas. Por isto, o abuso sexual de crianças, por si só, não necessariamente indica que o criminoso é um pedófilo. A maioria dos abusadores, de fato, não possui interesse sexual primário por crianças. Estima-se que apenas entre 2% e 10% das pessoas que abusam sexualmente de crianças sejam pedófilas.”
(Fonte: Wikipédia )
           
Os pais devem ficar atentos aos contatos que seu filho mantém na internet, que é um dos principais meios de ação desses criminosos. Precisam acompanhar o descobrimento e desenvolvimento de sua sexualidade e não delegar essas funções apenas à escola.
            Como não existem perfis que possibilitem a identificação de possíveis criminosos é preciso ter sensibilidade – observar o comportamento da criança, se ela muda de temperamento sem razão aparente, se chora quando se aproxima de alguém... enfim, indícios que denotam que algo não vai bem.
            É preciso investir em ações preventivas que prezem pela moral e bons costumes. Evitar e combater crimes dessa esfera é uma trabalho conjunto entre autoridades, educadores e pais, que precisam investigar, denunciar e punir os criminosos.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Sobre a legalização da maconha

Há muitas controvérsias no que tange à legalização da maconha. Alguns defendem a liberação, pois alegam que ela pode ser usada para fins terapêuticos. Outros falam que se isso acontecesse, estaríamos criando problemas relacionados à saúde, como acontece com o tabagismo.
            Os que são a favor acreditam que consumi-la auxilia no aliviamento do stress, pois seus efeitos causam relaxamento e bem estar. Uma vez que ela não provoca dependência física, a sua legalidade poderia acabar com o tráfico da maconha.
Estudiosos ponderam que fumá-la liberada grande quantidade de gás carbônico, que em contato com os alvéolos pulmonares, pode obstruí-los. E com o tempo, o organismo vai criando resistência, se fazendo necessário maior quantidade para alcançar seus efeitos. Logo, o usuário pode buscar outras drogas que causam dependência química.
            Está difícil chegar num consenso, mas embora a “erva” tem suas propriedades “medicinais”, também apresenta características que põem em risco a saúde de quem consome. Entre benefícios e malefícios, ainda é polêmica a questão, haja vista que para torna-la legal, o Brasil precisaria plantá-la e comercializá-la de modo análogo ao tabaco.Isso implica em uma burocracia enorme para controlar sua produção e venda.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos.

Rigidez da Lei Seca

Desde 2006, o brasileiro está dirigindo menos sob efeito do álcool. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo mostra que entre 2006 e 2012 houve uma queda de 21% de pessoas que admitem terem dirigido depois de beber nos últimos 12 meses. A queda maior foi entre os homens do que entre as mulheres.
O levantamento mostrou que mais da metade (52%) da população se mantém abstêmia, sem consumir álcool. Por outro lado, os consumidores de álcool estão bebendo cada vez mais. O uso excessivo (duas ou mais vezes por semana) aumentou 20% nestes seis anos. Tratando-se apenas de mulheres, o aumento foi de 34,5%. Os 20% dos adultos bebedores são responsáveis pelo consumo de 56% de todo álcool consumido no país – ou seja, pouca gente bebendo muito. Além disso, o índice de depressão se mostrou maior entre os bebedores pesados – 41% em comparação a 25% da população em geral.
Fonte: drjairobouer.blog.uol.com.br

A nova Lei Seca, no Artigo 277, determina que o motorista envolvido em acidente de trânsito seja submetido a teste, exame clínico, perícia e os procedimentos técnicos e científicos para verificar se há no organismo a presença de álcool ou substância psicoativa, ou seja, pela norma, provas testemunhais, vídeos e fotografias poderão ser usados como comprovação de que o motorista dirigia sob efeito de álcool ou drogas ilícitas. Além disso, a nova lei aumenta as punições e os valores das multas cobradas aos infratores. A multa passará de R$ 957,65 para R$ 1.915,30 para motorista flagrado sob efeito de álcool ou drogas psicoativas. Se o motorista reincidir na infração dentro do prazo de um ano, o valor será duplicado, chegando a R$ 3.830,60, além de determinar a suspensão do direito de dirigir por um ano.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

        Com maior coeficiente dados comprobatórios de embriaguez e/ou uso de entorpecentes, o motorista tem mais chances de ser flagrado em tais situações. Mas será que este rigor, tanto na leis como nas provas, tem inibido o consumo de álcool quando o cidadão está dirigindo?
       Endurecer a pena pode até significar uma diminuição expressiva no números de pessoas que fazem a ingestão de bebidas alcóolicas quando estão ao volante, porém muitos ainda não mudaram seus hábitos e continuam com esta perigosa combinação.
    “O motorista da vez” é uma alternativa, onde todos bebem, menos quem está sob a direção. Mas nem sempre alguém está disposto a renunciar o álcool em detrimento dos outros.
      Acredita-se que muitos ainda não se sensibilizaram porque confiam na sorte e acreditam na impunidade, já que em seu universo, ninguém foi preso por conduzir veículo sob efeito de álcool.
     É necessária uma mudança comportamental, e isso implica numa questão cultural, pois ainda que seja considerado crime, muitos ficam à mercê da justiça que é lenta e ineficaz.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Intolerância - incapacidade de aceitar o outro



Vivemos num tempo em que as pessoas estão cada vez menos tolerantes – vivem estressadas, não admitem críticas, não reconhecem seus erros e esboçam atitudes impulsivas que muitas vezes culminam em brigas e/ou tragédias. Quem paga o preço por isso são as famílias que cada vez mais têm seus lares destruídos, sonhos desfeitos e vidas marcadas por dor e sofrimento.
A intolerância parte da incapacidade de aceitar o outro do jeito que ele é – pequeno, obeso, negro, gay, ignorante, limitado... Enfim, uma série de títulos que os discriminadores usam para menosprezar quem não é igual a eles. Não raras vezes as agressões verbais são seguidas de violência física. Mas pouco se tem feito para condenar que pratica tais crimes, tanto pelas leis que não são específicas, como pela intimidação por parte das vítimas.
A capacidade de se colocar no lugar do outro, a empatia, é algo escasso nos tempos atuais, haja vista que se assim fizéssemos, evitaríamos muitas desavenças e aproveitaríamos mais nosso tempo. Com isso, diminuiríamos consideravelmente o número de processos, seja por ofensas, desunião, homicídio, dando agilidade a outros de maior relevância.
O esforço de aceitar as diferenças é um exercício contínuo, porque sempre haverão estereótipos – pessoas que se vestem ou se comportam, de modo diferente – e que não representam uma ameaça aos valores culturais e aos princípios religiosos, pois é com a diversidade que se constrói um país rico e mais humano.
É preciso ter mais paciência, humildade, já que todos somos vulneráveis e podemos mudar nossos gostos e preferências. Nem tudo que se pensa, deve ser dito, nem tudo que se sente, deve ser demostrado. Logo, pondere mais suas palavras e ações se não quiser ser taxado de mesquinho e preconceituoso.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Falta bom senso

Existem normas e condutas que permitem assegurar respeito e bom senso diante das mais diversas situações, como por exemplo, falar baixo, dar a preferência, ser cortês, prestativo etc. Porém nem todos têm esta sensibilidade de se preocupar com os outros e acabam cometendo deslizes, que podem até prejudicar sua imagem. O problema é que muitos não têm consciência de seus atos e por isso precisam de dicas e conselhos sobre “etiqueta”.
Desde cedo, papai ou mamãe nos dizia: “olha, não vá me
fazer passar vergonha na frente dos outros!”. Tal dica já era um sinal de que não deveríamos nos comportar da mesma forma como éramos em casa, e assim, esboçávamos atitudes mais sensatas e contidas.
De modo análogo, devemos saber o momento que é permitido falar, assim como a ocasião em que precisamos ficar quietos. Falar alto e demais pode ser visto como uma atitude exibicionista, com o intuito de chamar a atenção dos outros. É claro, que em uma conversa informal, é permitido extrapolar um pouco. Isso não quer dizer que devemos reprimir nossas vontades, mas saber se portar é algo tão simples e habitual que só requer um pouco de esforço.
Na vida a gente tem que ter discernimento. Não é questão de cercear nossa liberdade, mas contudo demostrar respeito. Ninguém quer ser visto e lembrado como uma pessoa insensata, grossa e ignorante. Ter boas atitudes e dar bons exemplos é sinônimo de sabedoria, sensatez. E a gente só tem a ganhar com isso.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A questão do aborto

    O movimento feminista ganhou força na década de 60 quando então países desenvolvidos como Estado Unidos e França reivindicaram o direto da mulher sobre seu próprio corpo. No Brasil, métodos contraceptivos, legalização do aborto, fertilização in vitro são exemplos contemporâneos deste movimento na América Latina.
       Na medida que estas reivindicações estão ligadas à reprodução, a Igreja Católica tem se posicionado, pois sua doutrina proíbe as relações sexuais sem finalidade procriatória. Religiosos dizem que o Estado, por ser laical, devia considerar os valores religiosos para formulação de suas decisões. No Brasil é permitido o aborto somente nos casos da mulher ser vítima de estrupo ou quando o feto é considerado anencéfalo (parte do cérebro não é desenvolvida). 
      Muito se tem discutido à respeito, tendo em vista a questão do status jurídico do feto, ao sustentar que entre um embrião humano e um adulto há somente um lapso de tempo.Muitas doutrinas só são adeptas aos métodos contraceptivos a fim de evitar a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis que ameaçam a vida humana. Porém houve uma inversão de valores: já que temos que se “preservar”, então porque não praticar sexo sem fins reprodutivos?
     A legalidade do aborto é uma questão subjetiva. Se fere princípios religiosos, vai de encontro aos direitos civis. Se é ilegal, leva a clandestinidade, colocando em risco não só uma vida. Logo, não existe consenso.
   Estado e Igreja precisam de diálogo. Estamos numa era de muitas mudanças e transformações. A Igreja nunca condenou totalmente o aborto, pois para isso precisaria de unanimidade. E o estado luta pelo direito da autonomia da mulher sobre seu próprio corpo, sem ferir a constituição. Nesta batalha de gregos e troianos, é melhor saída é se aliar à tentar vencer o inimigo.           

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Tráfico e uso de drogas



      A câmara dos deputados aprovou o texto principal de um projeto de lei que endurece a pena para traficantes ligados ao crime organizado e atualiza as regras para a internação involuntária do usuário de drogas. Se for aprovado, a pena mínima passa de cinco para oito anos, para traficantes ligados a organizações criminosas (associação de quatro ou mais pessoas com o objetivo de obter vantagens pela prática do crime).
     Parlamentares envolvidos com o texto também defendem a ampliação da pena para os “pequenos traficantes”, que vendem a droga para se manter e sustentar o vício.
     Creio que o que está em jogo não é a justiça em si, mas sim a sociedade. Entenda que o tráfico de entorpecentes leva muitos usuários à uma sobrevida, uma vez que causa dependência, e tem consequências diretas em seu estado de saúde. Além de que, dependentes estão mais propensos ao crime, seja pelo efeito que ela causa (euforia), seja pelo vício que os motiva conseguir dinheiro a qualquer custo.
     Infelizmente no nosso país as leis são muito brandas e existem muitas “brechas”. É por isso que muitos antes de serem presos já sabem quanto tempo no máximo, vão ficar em reclusão. Pra quem não tem “nada a perder”, cadeia é sinônimo de regalia, já que por bom comportamento pode conseguir as famosas “saidinhas”.
      É louvável a iniciativa dos deputados, mas só isso não basta. O papel cabe a todos nós, seja denunciando, seja cobrando eficiência das autoridades, seja fiscalizando quem deveria combater o crime (milícias) e por ganância se deixa corromper.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Investimento no esporte

   Não se pode negar que há grande investimento em estádios, aeroportos, hotéis em virtude da Copa e as Olimpíadas que ocorrerão no Brasil em 2014 e 2016, respectivamente. É verdade também que o país deixa a desejar em infraestrutura, seja no transporte público, seja na segurança e contudo na saúde. E é aceitável a indignação das pessoas diante deste dilema.
    Segundo especialistas tais eventos tendem a estimular o crescimento econômico do país através do turismo, bem como da geração de empregos diretos e indiretos. Mas ainda é duvidosa a estratégia que utilizarão para garantir segurança à todos que aqui virão para participar destes acontecimentos, somada à ineficiência do transporte terrestre e aéreo.
     É questionável tamanho investimento no esporte haja vista que o país sofre ainda com a má distribuição de renda, além da deficiência na educação, saúde etc. E carece de tais recursos em virtude da corrupção que aqui se instala. O medo do brasileiro está na transparência destas obras, já que o setor movimente bilhões extraídos dos cofres públicos.
    Estudantes da PUC (Pontifícia Universidade Católica) fizeram pesquisas e comprovaram que com as despesas gastas com estádios de futebol, daria pra construir um hospital de referência em cada capital, além de um campus de faculdade federal para quase dois mil alunos, um em cada estado.
   É certo que o Brasil vai sediar ambos eventos, logo temos o dever de cobrar ações que buscam melhorias nos setores emergentes. Acima de tudo, o país precisa de gente honesta, que não se omite e não apenas atire pedras. Quem sabe tais episódios não sejam o “ponta pé” para alavancar nossa economia, e por conseguinte, melhorar nossa qualidade de vida.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

É tempo de...

      Se existe algo que é inimigo de muitas pessoas, este é o tempo. Às vezes corremos contra ele, outrora queremos que ele voe. Sabemos que ele não pára. O jeito é saber lidar com o mesmo. Ideal seria sem ansiedade e nem remorso.
     Esperamos para nascer, mas muita gente não espera a morte. Vivemos muito apressados, ao mesmo tempo em que paramos no tempo. Olhamos para trás e enxergamos tudo que fizemos e aquilo que nos omitimos. Saudade, nostalgia... Momentos que queremos esquecer, mas que foram marcados em nossa história.
   Ontem, hoje, amanhã, que sabe? Quantos encontros perdidos, quantas ocasiões mal aproveitadas!? Cada qual é responsável por aquilo que faz se com ele – o tempo que nos é dado, que não tem reprise, nem a opção “avance uma casa”.
     É necessário administrar o responsável por nossa maturidade, pela nossa felicidade. Pois ele não é culpado pelas nossas frustrações. Quando erros acontecem, temos a oportunidade de fazer diferente, já que sabemos lidar com contratempos, ao invés de esperar, esperar, enquanto a vida passa.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Comprar exige racionalidade

    O regime capitalista dita um padrão de consumo onde se faz necessário possuir, adquirir, comprar, sem refletir a real necessidade do produto. A transação feita na transferência de valor (dinheiro) em troca de um bem, pode partir de um desejo inconsciente, onde precisamos consumir para nos satisfazer, para nos sentirmos bem.
    Se temos algum problema que nos frustra, nos deixa ansiosos, comprar pode ser um subterfúgio para amenizar tal ansiedade, angústia, dando uma falsa aparência de felicidade e bem-estar.
      Não queremos ditar regras sobre formas de consumir. A questão é que nossas aquisições precisam ser pensadas, pois assim refletiremos nossa

real necessidade, além de diminuir riscos de arrependimento e frustração.
    Os estrategistas costumam nos interceptar com suas mensagens publicitárias no momento em que estamos susceptíveis, vulneráveis, pois todos nós temos fragilidades. Cabe a nós decidirmos se precisamos ou não daquilo, naquele momento.
    Em suma, adquirir bens é muito fácil. Fazer bom uso dos mesmos é outra questão. Devemos ser mais racionais diante de tantas oportunidades. Só assim teremos a certeza de que aquilo que vamos possuir, irá ou não nos proporcionar prazer e não infelicidade.

                                                                       Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Formação x informação

    Estudar, estudar e estudar. Somos desde cedo cobramos pela disciplina e formação – vamos à escola com o intuito de educar-nos enquanto pessoas aptas ao convívio social. Aprendemos princípios básicos de civilidade, além de adquirirmos ampla bagagem de conhecimento que nos ajudará num futuro bem próximo para conquistarmos espaço na sociedade e no mercado de trabalho.
     Quando ingressamos na escola, entramos ainda num universo desconhecido – o do saber. É nele que damos os primeiros passos – a leitura e a escrita. Através destes, vamos aprimorando nosso poder cognitivo e esboçando raciocínios por meio das diversas disciplinas ministradas.
   Um pouco mais tarde, já somos conscientes. Temos ciência de que aquilo que estamos aprendendo, de uma forma ou outra, será útil futuramente. É aí que muitos desistem, perdem o interesse ou simplesmente não tem o discernimento de que é necessário um pouco de “sofrimento” para colhermos bons frutos.

      A evasão escolar é um problema que assombra a educação, pois exige-se cada vez mais conhecimento e formação contínua. Quem abandona os estudos, fecha as portas para o saber e para um futuro promissor.
   Acredita-se que o sistema de progressão continuada é obsoleto, sendo necessária uma reforma, já que implica diretamente na avaliação das competências e habilidades dos alunos e criam-se jovens inaptos a ingressar na faculdade e a exercerem funções que exijam boa formação.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos.

Falência do sistema penitenciário

      Não é de hoje que a gente não se sente seguro em casa e muito menos nas ruas. A violência ameaça nossa sobrevivência e as autoridades não dão conta de tantos delitos. Intimidados, trancamos carros, casas e ainda, fazemos seguros para cobrir qualquer eventualidade.

          A incidência de marginais não se restringe aos grandes centros urbanos. Acredita-se que o que os leva para o crime não é só a falta de oportunidades – o jovem já cresce num ambiente hostil, onde carece de tudo, principalmente da presença dos pais. Tal “carência” provoca um sentimento de revolta e estes tentam suprir esta deficiência, seja nas drogas, seja subtraindo dos outros aquilo que seus pais não podem dar.
          Cabe ressaltar que, somada a ausência de uma figura paterna, acrescenta-se ainda a influência de meio em que vivem, as amizades que preservam, bem como o sentimento de impunidade frente a criminalidade.


     Não devemos pensar que bandidos não podem ser ressocializados, que uma vez criminosos sempre serão. Deve-se refletir que o sistema penitenciário brasileiro é retrógrado – não disciplina, não reeduca, não gera valores que deviam ser conservados desde cedo.
         Entende-se que “preso”, o indivíduo acredita que a vida lhe foi injusta e se ele um dia for liberto, irá recuperar o tempo perdido – ganhar a qualquer custo o que um dia lhe subtraíram. Salvo exceções, a maioria volta a cometer atrocidades, ameaçando nossa integridade física e cerceando nossa liberdade.
                                                                      
                                                                                        Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Pena de morte

      A pena de morte nos Estados Unidos é permitida nos 36 dos 50 Estados, bem como pelo governo federal. No Brasil cogita-se muito à respeito, mas isto está longe de se tornar realidade, haja visto que “fere” a constituição nacional, bem como se opõe à muitas doutrinas religiosas.
     Acredita-se que o princípio de condenar alguém à morte, parte de uma questão ética, moral. O homem julga conforme leis elaboradas por pessoas susceptíveis ao erro como qualquer outra. É verdade que alguns são mais propensos a cometer crimes do que outros, porém ninguém está imune.
   Uma vez que todos são passíveis ao erro, não podemos usar mão-de-ferro para julgar pessoas longe de nosso convívio social. Se alguém se sentir lesado diante de um crime, deve antes de apontar o dedo, ter empatia, se posicionando no lado contrário da história.
   Veja que condenar alguém à morte não é apenas uma questão de justiça, pois se assim fosse, muitos nem estariam vivos. Se é com esta medida que condenamos terceiros, faça esforços para que um dia não estejas no banco dos réus.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Não é o fim


   Quem de nós já não se deparou com situações desesperadoras, problemas intransponíveis, dores irremediáveis? Parece que todo nosso esforço e bondade foram em vão, que a vida foi injusta conosco. Xingamos, maltratamos pessoas queridas, como se elas fossem responsáveis por tudo aquilo.
  A capacidade de superação talvez seja algo nato ao ser humano. A verdade é que alguns demoram mais tempo em relação aos outros para alcançarem sua zona de conforto, sua estabilidade emocional, seu equilíbrio mental. Cada qual busca apoio, segurança, fé, algo que conforte, que amenize tal sofrimento.
  Como é difícil ficar desempregado, perder um ente querido, terminar um relacionamento... Mas não podemos subordinar nossa felicidade à estas circunstâncias, pois ainda que não existam soluções imediatas, podem haver saídas – confiar em si mesmo e se for preciso, procurar ajuda com um especialista.
  É nas dificuldades que encontramos forças para seguir adiante – elas se apresentam como desafios a fim que testemos nossa capacidade de solucionar problemas, nossa habilidade para lidar com a emoção, dor, perda... E não há nada mais louvável do que dizer pra si mesmo: “eu venci!”
  Na incerteza do amanhã, devemos ficar alertas para tudo que acontece a nossa volta, às vezes debaixo dos nossos olhos. Ninguém está preparado pra tudo. É por isso que devemos estar prontos para situações adversas – nos orientando, nos instruindo, buscando referências. 

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Maioridade penal


    Nos últimos tempos tem se discutido muito a respeito da maioridade penal. Em alguns países, adolescentes com 16 anos já respondem legalmente por seus atos. No Brasil, eles cumprem medida socioeducativas até completarem 18 anos. A redução da maioridade penal vai solucionar ou criar mais problemas?
      É notório que o sistema carcerário brasileiro configura-se um caos – é superlotação, péssimas condições, além da má administração e infraestrutura. Cresce vertiginosamente o número de delinquentes, somada a ineficácia da justiça diante da grande demanda de processos.
      As penitenciárias estão prontas para receber maior contingente de infratores, já que pelo menos 10% dos crimes são cometidos por adolescentes? Ou estaremos concentrando esforços para mais rebeliões, motins, colocando em risco não só os próprios detentos, como também a sociedade?
      O jovem, acima de tudo, precisa ser compreendido. O que os motiva irem tão cedo para o crime? É a falta do apoio familiar? É a deficiência do sistema educacional? É a má distribuição de renda? Ou é preferível nos omitir à estudar as razões e circunstâncias que levam tantos jovens à marginalidade?
      O país está sedento de igualdade. Não basta apenas dar bolsa de estudos na faculdade. Onde estão os recursos para uma educação fundamental e média de qualidade? Cadê os fundos de investimento destinados ao lazer, esporte, cultura? Quem está no alto da pirâmide, não tem interesse em discutir políticas públicas, mas sim condenar quem está na base e gozar de prestígio, supremacia, esbanjando dinheiro público.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Feliciano - "Cura gay"


   Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano tem sido alvo de críticas por colocar em votação um projeto apelidado como “cura gay”, que permite ao psicólogos atenderem homossexuais que buscam auxílio para abandonar a prática. O Conselho Federal de Psicologia já se manifestou dizendo que a homossexualidade deixou de constar no rol de doenças mentais pela Organização Mundial da Saúde há mais de 20 anos.
      Feliciano tem apoio do deputado Eduardo Cunha, autor do projeto que prevê pena para a “heterofobia”, defendendo que maiorias também podem ser alvo de discriminação.
    Há quem diga que tratar homossexualidade como doença é algo de inspiração nazista e falar de uma discriminação que não existe, contra os heterossexuais (pessoas que tem atração pelo sexo oposto) é uma provocação – é mesma coisa que defender punição a racismo contra branco.
    Diante dos fatos, percebe-se que tal comissão, está em mãos erradas, por isso que os projetos foram para votação. E ainda, como alguém que se intitula pastor pode, ao mesmo tempo, ser líder político? Acredita-se que Marco quer chamar a atenção da mídia, com o intuito de ganhar prestígio (e vem conseguindo).
    É sabido que ele não pretende renunciar ao cargo e muitas sessões têm sido feitas sem a entrada “populares”. Logo, há assuntos que deveriam ser colocados em pauta na comissão e são ignorados para dar ênfase à projetos que representam um retrocesso nos direitos já adquiridos.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos