Não é de hoje que a gente não se sente seguro em casa e muito
menos nas ruas. A violência ameaça nossa sobrevivência e as autoridades não dão
conta de tantos delitos. Intimidados, trancamos carros, casas e ainda, fazemos
seguros para cobrir qualquer eventualidade.
A incidência de marginais não se
restringe aos grandes centros urbanos. Acredita-se que o que os leva para o
crime não é só a falta de oportunidades – o jovem já cresce num ambiente
hostil, onde carece de tudo, principalmente da presença dos pais. Tal
“carência” provoca um sentimento de revolta e estes tentam suprir esta
deficiência, seja nas drogas, seja subtraindo dos outros aquilo que seus pais
não podem dar.
Cabe ressaltar que, somada a
ausência de uma figura paterna, acrescenta-se ainda a influência de meio em que
vivem, as amizades que preservam, bem como o sentimento de impunidade frente a
criminalidade.
Entende-se que “preso”, o indivíduo
acredita que a vida lhe foi injusta e se ele um dia for liberto, irá recuperar
o tempo perdido – ganhar a qualquer custo o que um dia lhe subtraíram. Salvo
exceções, a maioria volta a cometer atrocidades, ameaçando nossa integridade
física e cerceando nossa liberdade.
Vinícius Vendrame,
publicitário, 26 anos
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