Desde 2006, o brasileiro está dirigindo menos sob
efeito do álcool. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo
mostra que entre 2006 e 2012 houve uma queda de 21% de pessoas que admitem
terem dirigido depois de beber nos últimos 12 meses. A queda maior foi entre os
homens do que entre as mulheres.
O levantamento mostrou que mais da metade (52%) da
população se mantém abstêmia, sem consumir álcool. Por outro lado, os
consumidores de álcool estão bebendo cada vez mais. O uso excessivo (duas ou mais
vezes por semana) aumentou 20% nestes seis anos. Tratando-se apenas de
mulheres, o aumento foi de 34,5%. Os 20% dos adultos bebedores são responsáveis
pelo consumo de 56% de todo álcool consumido no país – ou seja, pouca gente
bebendo muito. Além disso, o índice de depressão se mostrou maior entre os
bebedores pesados – 41% em comparação a 25% da população em geral.
Fonte: drjairobouer.blog.uol.com.br
A nova Lei
Seca, no Artigo 277, determina que o motorista envolvido em acidente de
trânsito seja submetido a teste, exame clínico, perícia e os procedimentos
técnicos e científicos para verificar se há no organismo a presença de álcool
ou substância psicoativa, ou seja, pela norma, provas testemunhais, vídeos e
fotografias poderão ser usados como comprovação de que o motorista dirigia sob
efeito de álcool ou drogas ilícitas. Além disso, a nova lei aumenta as punições
e os valores das multas cobradas aos infratores. A multa passará de R$ 957,65
para R$ 1.915,30 para motorista flagrado sob efeito de álcool ou drogas
psicoativas. Se o motorista reincidir na infração dentro do prazo de um ano, o
valor será duplicado, chegando a R$ 3.830,60, além de determinar a suspensão do
direito de dirigir por um ano.
Fonte:
agenciabrasil.ebc.com.br
Com maior coeficiente dados
comprobatórios de embriaguez e/ou uso de entorpecentes, o motorista tem mais
chances de ser flagrado em tais situações. Mas será que este rigor, tanto na
leis como nas provas, tem inibido o consumo de álcool quando o cidadão está
dirigindo?
Endurecer a pena pode até
significar uma diminuição expressiva no números de pessoas que fazem a ingestão
de bebidas alcóolicas quando estão ao volante, porém muitos ainda não mudaram
seus hábitos e continuam com esta perigosa combinação.
“O motorista da vez” é uma
alternativa, onde todos bebem, menos quem está sob a direção. Mas nem sempre alguém
está disposto a renunciar o álcool em detrimento dos outros.
Acredita-se que muitos ainda
não se sensibilizaram porque confiam na sorte e acreditam na impunidade, já que
em seu universo, ninguém foi preso por conduzir veículo sob efeito de álcool.
É necessária uma mudança
comportamental, e isso implica numa questão cultural, pois ainda que seja considerado
crime, muitos ficam à mercê da justiça que é lenta e ineficaz.
Vinícius Vendrame,
publicitário, 26 anos
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