quarta-feira, 31 de julho de 2013

Como lidar com as perdas?

            Como diz o jargão “ou a gente perde, ou gente ganha”. Quando obtemos sucesso, logro, vantagem sentimos muito prazer e contentamento, mas quando acontece ao contrário a sensação é de impotência, fracasso, desânimo. A verdade é que nem todos estão preparados pra perder. Isso depende muito de qual é a nossa concepção sobre perda – ela pode ser sinônimo de crescimento pessoal, de amadurecimento, de reflexão, de analisarmos as causas e tirarmos algum aprendizado.
            Na vida temos tantos desafios a serem enfrentados: nos estudos, na família, no trabalho, e em todas essas esferas estamos sujeitos ao fracasso ou a derrota. Todavia não se pode determinar que uma vez não obtido o resultado almejado isso se torne uma regra. Geralmente falhamos em certos pontos, não nos esforçamos o suficiente ou também fizemos o que estava ao nosso alcance, demos o melhor, porém outros fatores incontroláveis podem ter influenciado.
            Outro fenômeno no qual não temos muito a fazer ou evitar é a morte – ela é inerente a qualquer ser humano e independe de nossa vontade. Tentamos encontrar razões, motivos e explicações para as circunstâncias, mas se fomos pensar bem, ninguém devia morrer, pois nada pode substituir alguém aqui na terra. O que fazemos, não raras vezes é apenas nos conformar e aceitar a situação, porque não tem outro jeito a não ser encarar a realidade. Realidade esta que às vezes demoramos pra entender.
            Pessoas que vivem em condições extremas de pobreza, que moram num ambiente hostil e perigoso podem ter maior capacidade para lidar com a perda. Viver para elas é um risco, que estão (não necessariamente porque querem) dispostas a correr. A maioria delas luta contra si mesmo, na esperança de dias melhores, de mínimas condições de vida, de dignidade e nem por isso ficam desmotivadas diante de tanto descaso, desgosto ou sofrimento. Elas sim são verdadeiros exemplos de superação, de persistência e determinação.
            Precisamos entender que nem sempre é possível estarmos em “vantagem” – a perda, a derrota, o fracasso são condições que todos estão propensos. A maneira como enfrentamos tais adversidades é que nos diferencia de perdedores e fracassados. Se temos saúde, capacidade, paixão pela vida, temos o suficiente para recomeçar, para fazer de novo, para executar melhor, para corrigir, para aprender que sem sofrimento as conquistas e vitórias não teriam méritos e talvez não seriam tão “saborosas”.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Drogas - o mal do século

            Quem já teve um amigo ou ente querido perdido pelas drogas sabe o quanto ela é capaz de destruir vidas e famílias, não só pelo seu uso, mas também pelo risco que toda a sociedade esta exposta – o dependente não mede esforços para angariar fundos a fim de sustentar seu vício – rouba, agride e não raras vezes mata para conseguir o que quer. Seus usuários vão desde burgueses a marginalizados, indicando que seu consumo está presente em todas as camadas sociais.
            Há aspetos que podem influenciar indivíduos na busca pelas drogas, como a falta de apoio e estrutura familiar, más companhias, frustração pessoal, entre outros. Todavia não podemos justificar seu uso por determinada circunstância, uma vez que elas causam tanto dependência física como psíquica. Alguns podem encontrar nelas uma maneira de fugir da realidade e assim obter prazer através de seus efeitos alucinógenos.
            O dependente de drogas, muita vezes, apresenta comportamento agressivo, euforia, ansiedade, quando está em abstinência. Ele passa a mentir sobre seus hábitos, como lugares em que não estava e coisas que não fez; fica pensativo quando  não tem condições ou não pode usar a substância; briga sem motivo aparente e fica estressado quando lhe questionam  algo que não queira responder.
            Por trás desse mundo surreal estão aqueles que financiam o tráfego – são verdadeiras organizações que envolvem menores, mulheres e até autoridades – para chegarem aos usuários, as drogas, passam por diversos caminhos, nos levando a crer que para não serem apreendidas os traficantes driblam fiscalizações, quando não, subornam agentes com o pagamento de propina.
            O fato é que o universo das drogas está cada vez mais presente em nosso cotidiano e é dever de todos evitar que esse mal condene e ceife mais vidas a cada dia. Podemos contribuir através de uma orientação, de uma ajuda aos dependentes, de apoio, de repúdio ao vício, enfim, de uma forma ou de outra somos co-responsáveis pelos hábitos alheios, pois se sabemos, somos coniventes e se não temos atitudes, somos omissos.

           
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Profissão e realização pessoal

            A escolha de qual carreira seguir muitas vezes é permeada de incertezas; talvez seja algo mais instintivo do que racional. João Carlos Daniel (ator, diretor e produtor de TV) disse em uma entrevista que nunca deveríamos fazer o que a gente não gosta. Oxalá todas as profissões correspondessem às nossas expectativas – os chamados “ossos do ofício” são prova de que no meio profissional, às vezes, temos que renunciar a satisfação pessoal a fim de alcançar determinados objetivos organizacionais.
            A adolescência é uma fase na qual já esboçamos afinidades com aquela ou outra área e somos convidados a desenvolver essa aptidão através de cursos técnicos ou graduação. Porém nem todos podem ter essa oportunidade – por diversas circunstâncias – falta de interesse pelos estudos, falta de incentivo familiar e até mesmo porque não enxergam perspectivas a médio e longo prazos.
No mercado informal de trabalho predomina mais o acaso do que a vocação. Pela facilidade e necessidade de se conseguir um emprego, esses profissionais acabam se sujeitando à informalidade. Já na contratação regida pelas leis, a disputada por uma vaga geralmente é concorrida, exigindo capacitação, além habilidades e experiência profissionais. Todavia, existem pessoas que têm idade para desempenhar atividades laborais, mas se encaixam na categoria dos desempregados.
O número de pessoas que precisam trabalhar e não tem tempo nem dinheiro para se qualificar profissionalmente ainda é muito grande. São aqueles que mal conseguem terminar os estudos e já são obrigados a prover sustento para a família. Sua carreira geralmente é galgada pelo tempo de serviço, mas se não se qualificarem dificilmente alcançaram altos níveis hierárquicos. É uma pena saber que enquanto muitos querem e não podem, outros tem a oportunidade e não aproveitam para se capacitar.
É fato que muitos adultos ainda não descobriram qual sua vocação. Às vezes podemos ter várias competências e afinidades. Saber qual nos dará mais retorno financeiro e qual nos fará mais feliz é um desafio. O que não pode acontecer é o trabalho se tornar um desprazer – ser motivo de angústia e frustração. Se hoje não temos o ideal, façamos esforços para chegar ao lugar almejado. Dinheiro pode proporcionar muitos momentos felizes, mas não podemos condicionar nossa felicidade a ele.


                                                                                            Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A canoa virou

A presidente Dilma Roussef se vê obrigada a tomar medidas para conter as manifestações que tomaram conta do país, mas pelo que parece lhe falta jogo de cintura – é um rol de propostas intangíveis, desorganizadas e até inconstitucionais. Pesquisas apontam um aumento gradativo de insatisfação de seu governo, o que representa uma ameaça para o PT, que pretende manter-se no poder no próximo mandato presidencial.
O ex-presidente Lula anunciou que está descartada a possibilidade de se candidatar a presidência na próxima eleição, logo Dilma desponta como “forte” candidata, ao lado de Marina Silva (REDE), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Fernando Gabeira (PV). Segundo pesquisas, se as eleições fossem hoje, Dilma estaria tecnicamente empatada com Marina, cogitando a hipótese de um segundo turno.
Quando Fernando H. Cardoso deixou o poder, havia 24 ministérios. De lá para cá, esse número quase que dobrou (hoje são 39). Seu principal partido aliado (PMDB) quer apresentar uma “PEC” a fim de reduzir 14 ministérios, mas Lula (em entrevista) disse que não se deve mexer neles e sim entender o que cada um faz. Pelo jeito o líder petista tem um cardume onde nadam mais de 20 mil peixes-remo num oceano de cargos de confiança, alimentados pelas migalhas do contribuinte.
Outra questão que está indignando a classe estudantil é a possível convocação de médicos estrangeiros para atender a demanda nas regiões mais remotas, sem a realização da prova que “revalida” seus diplomas. Como se não bastasse, a partir de 2015 os estudantes de medicina terão de trabalhar dois anos no Sistema Único de Saúde para só então seguirem carreira. A medida foi recebida com repúdio, haja vista que no Brasil há ótimos profissionais, faltando apenas boas condições de trabalho e remuneração condizente.
A conjuntura política nos leva a crer no fracasso de um governo esquerdista que tem como principal objetivo o fortalecimento da elite, garantindo a hegemonia partidária no poder. Todavia as manobras que o PT vem tentando fazer para consertar um sistema frágil e vulnerável só tem surtido efeito negativo no país: revolta, protesto e incredulidade da população, cansada de ser subestimada e oprimida pelos impostos, inflação acentuada e pelo alto custo de vida. Lula ainda tem a ousadia de dizer que o governo terá de fazer um esforço tremendo para conter o processo inflacionário. Uma salva vaia!

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Fé e salvação

              As civilizações da antiguidade acreditavam nos deuses da natureza e atribuíam a eles o significado de vários fenômenos até então não explicados cientificamente. O fato é que todos precisavam crer em algo, em um ser superior. A colonização de povos, não raras vezes era imposta, incutindo-lhes sua cultura e doutrina. Eles usavam o nome de “deus” para justificar seu domínio e submissão. Tudo isso em nome da salvação, haja vista que o paganismo predominava. Hoje, embora desde cedo somos orientados a seguir determinada doutrina, quando adultos, podemos escolher qual “caminho” seguir.
            Na última década o número de “seitas” e igrejas cresceu vertiginosamente. O cristianismo que até então predominava, vem perdendo espaço para outras “filosofias”. Sem contar nas próprias “subdivisões” na própria Igreja Católica. Porém essa não é a questão crucial. Estamos falando de “falsos profetas” – pessoas que usam o nome de Deus para impor seu ponto de vista de modo que não existe outra verdade a não ser aquela. Geralmente eles têm grande poder de persuasão e seus “seguidores”, baixo grau de instrução.
            Pessoas equivocadas dizem que diversos caminhos podem levar a Deus. De fato “ele” pode se manifestas de várias formas, porém nem sempre o que dizem ou sugerem é uma verdade imutável – entenda que uma vida pautada no egoísmo, inveja, soberba, vingança, ódio, luxúria..., pode não ser o caminho para o “paraíso”. Não que tenhamos que ser “perfeitos”, mas preservar virtudes e evitar comportamentos “desumanos” talvez seja uma forma mais coerente de se viver.
            “Mas eu não mato, não roubo, não faço mal a ninguém...” Pois é, não fazemos mais que obrigação! Devemos analisar se nossas atitudes não prejudicam os outros. Às vezes acreditamos que estamos em vantagem, quando na verdade podemos pagar o preço por esse “benefício” a longo prazo. Ao menos que queiramos aproveitar apenas o momento, sem se preocupar com o futuro e com o que acontece conosco após a morte.

            A escolha da doutrina/religião/filosofia de vida a ser seguida não importa. O que realmente faz sentido é vivermos de modo que nossos desejos, anseios e vontades não prejudiquem terceiros, ou seja: precisamos ser mais analíticos, menos impulsivos, mas pacientes, menos egoístas... O segredo de uma vida rica, permeada de vitória, conquistas e realização pessoal está na capacidade de compreender de que temos apenas uma e que ela, por seu uma dádiva, deve ser valorizada e preservada.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sexo casual

         Antigamente o sexo era um tabu na vida das pessoas – pouco se falava a respeito e usavam-se figuras de linguagem para justificar o nascimento. Com o tempo ele deixou de ser um assunto polêmico e passou a ser tratado como algo natural e inerente a qualquer ser humano. Hoje ele implica na questão da saúde, haja vista que é praticado sem fins reprodutivos e por meio dele pode haver a propagação de doenças sexualmente transmissíveis.
            Vivemos em uma sociedade em que, teoricamente, somos orientados a ter apenas um parceiro, porém os princípios éticos e morais variam de indivíduo para indivíduo. Então, acredita-se que não é errado se relacionar com várias pessoas antes de conhecer aquela com quem queremos casar. E o casamento não impede a possibilidade de relacionamentos “extraconjugais”. Isso, lógico, dentro de uma ótica pagã.
Sabe-se que hoje em dia é muito fácil ter acesso a conteúdos eróticos. Logo, todos estão expostos, seja através da televisão, internet... A descoberta da sexualidade acontece em momentos diferentes para cada indivíduo – uns muito cedo, outros sequer sabem lidar com ela. Estudos têm apontado a pedofilia, como um “distúrbio” sexual (ela e outras variações como zoofilia, incesto etc).
            A banalização do sexo acontece quando sua prática é desvirtuada de seu verdadeiro fim (teoricamente a procriação) – apenas para satisfação pessoal e busca de prazer. Com o advento dos métodos contraceptivos, culturalmente entende-se que se uma gravidez pode ser evitada, por que não praticar o sexo casual? Sob esse ponto de vista, podemos concluir que se faz bem ao indivíduo por qual razão reprimir a libido?

            As diversas fontes de prazer nos leva refletir se existe uma motivação plausível para a prática sexual: é uma expressão racional de um sentimento? É algo instintivo?  É um hábito saudável e necessário? Novamente ciência e religião tentam conciliar paradigmas – uma defende a ato como algo saudável que deve ser praticado com segurança, a outra acredita que devemos ponderar nossos desejos e vontades. O fato é que não podemos viver em função dele, sendo o sexo apenas um complemento e não prioridade nas relações humanas.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

"Verás que um filho teu não foge à luta"

            O governo se vê pressionado diante de tantas mobilizações populares que reivindicam além de transparência, eficiência e qualidade de serviços, como a alta carga tributária que inflaciona nossa economia e diminui o poder de compra dos brasileiros. A insatisfação é geral – empresários querem incentivos fiscais, trabalhadores benefícios reais e servidores públicos dignidade e melhores condições de trabalho. As manifestações têm cunho popular ou emergem também da elite?
            Quando se pensa em revolta, luta por direitos, lembra-se de minorias, geralmente menos favorecidas pelas políticas públicas. Porém o atual momento de indignação nacional permite estabelecer um paradoxo: os movimentos emergem não só das camadas mais populares, como também de cidadãos críticos, estudiosos e gestores – isso mostra a força que essa onda tem de despertar nas pessoas vontade de lutar por seus ideais, mobilizando autoridades e cobrando direitos aniquilados.
            O caráter apartidário dos manifestos é apenas um subterfúgio para não atacar grupos totalitaristas. Em primeira instância pretendia-se atacar a conjuntura política – sua má administração, a péssima aplicação de recursos, a impunidade, bem como a ineficiência do vulgo governo esquerdista de gerir estratégias que atendem aos direitos da maioria e não apenas segregue e aumente a disparidade entre pobres e ricos. Sem falar no apadrinhamento dos ministérios e seus mais de 20 mil cargos de confiança.
            Numa batalha onde não há divisão de camadas, nem representação de minorias, poderia também não existir objetivos em comum, mas o que acontece e extremamente ao contrário – pra quem acha que não sabem onde querem ir e onde pretendem chegar, os manifestos já estão arrancando dos papéis medidas, que embora insuficiente para uma reforma, representam um salto na democracia e mostram que a “guerra” está apenas começando.

            Diante do exposto tem-se a seguinte conclusão: que para exigir melhoras no atual quadro político-econômico nacional basta apenas ser brasileiro, ter espírito revolucionista, não ser omisso e conivente. Contudo sair nas ruas somente não basta – precisa-se além de coragem, perseverança, otimismo e cumplicidade. O Brasil já está cheio de pessoas que muito falam e pouco fazem, logo é dever de todos contribuir direta ou indiretamente para uma sociedade mais justa e honesta.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Violência nas escolas

                  A onda de violência que assombra as instituições de ensino, docentes, funcionários e alunos mostra a ineficiência de gerir políticas voltadas à segurança pública que é falha, omissa e vulnerável. Os fatores que desencadeiam motins, brigas e agressões nas escolas são diversos – desde o uso de drogas, falta de estrutura e apoio familiar, bem como o descrédito dos alunos em meio a uma educação medíocre e frágil, além, é claro, da proteção desses menores por pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
            Docentes são os principais alvos da violência nas escolas, seja pelo fato de representarem uma autoridade nas salas de aula, seja pela aversão que muitos alunos têm por determinada disciplina, levando tal descontentamento para o lado pessoal. Contudo outros provocam conflitos entre eles mesmos, por uma série de motivos: rivalidade, vingança, intolerância (bullying) e também porque carecem de bons exemplos, esboçando o mesmo comportamento adotado nas ruas.
            Em tempos remotos o professor era uma autoridade e tinha autonomia para punir alunos que não tivessem um bom comportamento. Mas a realidade mudou – hoje ele mal pode advertir verbalmente que já é alvo de chacota, desprezo e intimidação. A impressão que se tem é que a escola é uma extensão das ruas, onde não há hierarquia – falta respeito e reconhecimento por parte dos estudantes de que o professor está a serviço do estado e não para ser submisso a eles.
            Estamos num período em que a escola não é a única fonte de conhecimento, embora o ensino básico e fundamental públicos, em tese, sejam obrigatórios. Descrente de um ensino em que falta recursos, infra-estrutura, profissionais qualificados, o jovem, não enxerga perspectivas a médio prazo e vê os estudos como uma obrigação e não necessariamente como uma chave que pode abrir portas para um futuro promissor.

            O jovem precisa ser compreendido: quais são suas deficiências? Ele quer mostrar o que para quem agredindo os outros? Faltam valores familiares/culturais? Ele é tratado com indiferença pelos outros? Não adianta justificar seus comportamentos nas drogas, na ausência da figura paterna/materna. Ele quer ser reconhecido enquanto pessoa, ter seus méritos e merecimentos; ter oportunidade e não piedade. Em suma, os jovens necessitam de apoio, seja familiar, escolar, social, além de condições para se educarem enquanto cidadãos e não como marginais.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Gravidez precoce

            Dizem que a mulher é plenamente realizada quando concebe um filho, mas quando este vem de forma inesperada, nem sempre ela está preparada para ser mãe. Outros falam que o dom da maternidade é nato e inerente ao sexo feminino, porém temos casos em que elas optam por não ter filhos e nem por isso são frustradas e infelizes. Existe idade e momento certo para engravidar ou conceber uma criança independe das circunstâncias e do tempo?
            Antes dos métodos contraceptivos (pílula, camisinha...) toda vez que elas tivessem relação sexual estavam sujeitas a gravidez. Como uma gestação demora em média nove meses e recomenda-se “dieta” de 90 dias, teoricamente uma mulher poderia ter um filho a cada ano. Os tempos mudaram e hoje em elas podem escolher se querem ou não ficarem grávidas e até mesmo evitar o desenvolvimento do embrião (tomando a “pílula do dia seguinte).
            A educação sexual é ensinada desde cedo nas escolas, contudo ainda existem casos em que meninas engravidam precocemente. Não que isso seja algo tão absurdo e inadmissível, porém a gravidez na adolescência pode significar uma inversão de fases – a “menina” biologicamente está preparada para a concepção, mas o amadurecimento psíquico-social é gradativo. Logo a “menina-moça” tem que aprender cedo ter responsabilidade como um adulto.
            O papel dos pais é de extrema importância para os jovens que iniciam sua vida sexual – não apenas subsidiar seus gastos, suprir suas necessidades fisiológicas – estamos falando de proximidade com eles: diálogo, confiança e lealdade. Acima de tudo eles precisam ser compreendidos e isso só se consegue através do apoio, amor, dedicação... Se eles têm bons exemplos em casa, dificilmente terão más atitudes fora dela.

            Sexo é saudável e deve ser praticado com segurança, não só para evitar gravidez indesejada, como também a fim de prevenir doenças sexualmente transmissíveis. Não queremos incentivar o ato sexual sem fins reprodutivos, mas em tempos que jovens iniciam sua vida sexual cada vez mais cedo é dever de todos orientar, instruir e sanar suas dúvidas de modo que eles sejam mais racionais e menos impulsivos.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Ciúme, quem tem?

            Buscando razões plausíveis e aceitáveis para o “ciúme”, encontramos diversos pretextos como: amor em demasia, insegurança, desconfiança, medo de ser traído(a) e por aí vai. É importante ressaltar que cada pessoa age de forma distinta quando o assunto é “possessão”. Talvez o comportamento ciumento parte de uma vontade intrínseca de querer bem o outro, uma vez que forças externas podem desviar a atenção da pessoa de quem se gosta e isso representar uma ameaça para a relação.
            O ciúme acontece não só entre casais – permeia relações de parentesco e amizades também. O que mais se evidencia são relacionamentos no qual sempre existe um dominador e um dominado – a insegurança sempre parte de alguém que já foi traído ou até mesmo trai e tem medo de que acontece o mesmo com ele(a). Mas isso não é regra. Há casos em que existe uma hierarquia: um dos dois é mais atraente, despertando mais olhares/cobiça.
            O homem, culturalmente, é visto como “galanteador”, ou seja, ele quem vai escolher a “fêmea” com quem deseja ficar. Muito embora, houve mudanças de comportamento – a mulher ousada e moderna pode demonstrar interesse e ter iniciativa. Essa relação é tão complexa de modo que eles podem ter diversas parceiras, enquanto elas, quando isso acontece, não são bem vistas e taxadas como promíscuas.
            Os relacionamentos maduros aprendem a lidar como o ciúme – ambos sabem que estão sujeitos às tentações a todo tempo e usam a racionalidade para se livrar delas. A pressão psicológica sobre a vida pessoal do parceiro cerceia sua liberdade enquanto indivíduo, pois cada um deve ter sua privacidade e autonomia. Rastrear telefonemas, rede social, entre outros é uma atitude desleal e antiética.
            Seja qual for o seu tipo de relação é importante lembrar que existem limites para se sentir ciúme – aquele sentimento de que fulano(a) é nosso e este tem que se dedicar/dar atenção exclusivamente à nós é uma atitude doentia. Por isso é necessário conter as emoções, deixar para discutir problemas em casa, colocar os “pingos nos is” quando estiver a sós. Tudo isso claro, se quisermos preservar nossos vínculos e construir uma união saudável e duradoura.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Bebidas alcoólicas e saúde

O ato de ingerir bebida alcoólica vai além de um hábito – pode ser entendido também como uma expressão cultural na qual a ocasião pede um bebida desse teor. O que aconteceu de um tempo para cá foi uma inversão de valor: já não há mais datas específicas para se consumir a bebida, tornando um costume tão natural, assim como ingerir água, refrigerante e similares. Até que ponto o consumo do álcool pode ser considerado “saudável” e em qual momento ele pode se tornar um mal para nossa saúde?
Estudos têm apontado que o brasileiro está bebendo mais, ainda que a propaganda de bebidas com teor alcoólico vem sofrendo restrições nos lugares e horários em que podem ser veiculadas. Tal iniciativa visa racionalizar o consumo, assim como aconteceu com o tabaco, pois ambas “drogas” têm seus efeitos negativos na sociedade e implica diretamente na questão da saúde pública, que investe pesado no tratamento e prevenção de doenças causadas por elas.
Há quem diga que bebe “socialmente”, ou seja, somente em momentos especiais. O problema não está apenas em ingerir, mas sim na intensidade e frequência do consumo – começa hoje com uma dose, amanhã essa mesma quantidade já não surte mais o efeito desejado e, por conseguinte buscamos aumentá-la gradativamente. Logo, o que era ocasional pode ser tornar rotineiro.
Cada qual sabe a quantidade suficiente para chegar ao estado de embriaguez. Quando saímos “fora de si”, ficamos mais eufóricos, alegres e a coordenação motora fica comprometida. Ao menos que tal efeito seja desejado, o risco não vale à pena, haja vista que o organismo entende o excesso de álcool como uma ameaça ao seu pleno funcionamento – alteram-se os batimentos cárdicos, pressão arterial, podendo levar ao coma e em casos extremos até a morte.

O que queremos ressaltar não é abstinência, mas sim o uso racional das bebidas alcoólicas. Devemos evitar o exagero, não só porque faz mal à saúde, mas também em razão de outras circunstâncias – o consumo desregrado pode até parecer sinônimo de valentia e resistência, contudo é forte e inteligente quem sabe beber moderadamente, evitando a ressaca moral, a enxaqueca, além de possíveis problemas no trabalho e em casa.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Hora de partir

Despedida sempre causa muita tensão e às vezes sofrimento. São pessoas que se vão, sem data pra voltar e outras que jamais retornarão para a vida na terra. A partida é o início de uma nova etapa/jornada e com ela se vão as lembranças e fica a saudade. Reminiscências, nostalgia, remorso... Tudo que poderia ter sido e não foi. O tempo passa... O que fizemos, em que fomos omissos? A única certeza quanto ao que há de vir é a incerteza.
            Há pessoas que tem facilidade para lidar com mudanças – são aquelas acostumadas com imprevistos, sejam eles naturais ou mecânicos – pela força da natureza ou pela instabilidade econômico-financeira. Não necessariamente elas gostam desse “nomadismo”, mas há diversas circunstâncias que as motivam buscar novos horizontes/alternativas a fim de reconstruírem sua vida e serem felizes.
            Outros, porém têm uma dificuldade enorme para se adaptarem a novos ambientes – nascem, crescem e morrem no mesmo lugar. Não que eles não gostem de desafios, ou não sabem lidar com a distância, mas há fatores culturais e sociais presentes – como a constituição de vínculos e conseqüente subordinação da felicidade a esses laços. Pode ser um trabalho, família, amigos, entre outros.
            Existem aqueles que por uma razão ou outra são obrigados a deixar o lar, seja para estudar, trabalhar, casar... Essas pessoas, geralmente planejam sua partida, mas nem por isso sofrem menos ou não sentem saudades – elas aprendem a lidar com a distância e com o tempo a situação se torna tão natural que já não enxergam mais problemas em morar longe de quem se gosta.

            As mudanças são inerentes a qualquer ser humano – uns se adaptam facilmente a elas, outros, porém demoram para aceitar a realidade. O fato é que estamos neste mundo de passagem e, mais cedo ou mais tarde iremos para onde talvez não queiramos ir, e quiçá, possamos escolher onde ficar e aproveitar últimos dias de nossa vida.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

terça-feira, 16 de julho de 2013

Coragem pra amar

Talvez uma característica peculiar do ser humano é o ato de amar – nutrir bons sentimentos por outra pessoa, sejam eles racionais ou não. Um desejo de fazer o bem, de sentir-se feliz quando esse amor é correspondido... Mas nem sempre isso acontece – quando despertamos interesse por alguém e essa pessoa não está disposta a retribuir, o amor pode se transformar em ódio, culminando com a frustração e desejo reprimido.
Geralmente, os mais novos idealizam o par perfeito – um príncipe/princesa encantado(a), vistos somente em filmes e desenhos. Quando mais adultos, percebemos que a realidade é outra – não que devemos gostar de qualquer pessoa, mas sim daquela que mais se parece conosco, principalmente no que se diz respeito a gostos, preferências, ideais etc. Este negócio de que opostos se atraem é balela!
Com o tempo aprendemos que não existe relacionamento perfeito, sem problemas, conflitos e desavenças – não que isso seja inevitável – mas estar com alguém implica renunciar diversas coisas, pois nem sempre as decisões irão agradam ambos igualmente. Por isso é necessário muita paciência, tolerância e acima de tudo respeito. Uma relação saudável é permeada por dedicação, cumplicidade e companheirismo.
Homens e mulheres buscam parceiros a fim de complementar sua felicidade, além de unir forças para conseguir algo que talvez não alcançariam sozinhos. Quando a união tem outro propósito a não ser o bem comum, ela pode se tornar uma tortura para ambas as partes. O ser humano foi criado para evitar a dor e o sofrimento, não para ser objeto e escravo dele.

Em suma, o ato de amar alguém exige coragem, disposição e acima de tudo, honra, pois de nada adianta assumir um relacionamento se as atitudes provam  ao contrário – fala mal da pessoa com quem está, não a respeita e acredita que está lhe enganando, quando na verdade não consegue esconder de si mesmo a verdade e a frustração enquanto pessoa, incapaz de assumir compromisso e honrá-lo.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Entre a vida e a morte


             O nascimento, para a ciência, é o início da vida na terra. A condição para a existência enquanto indivíduo é o pleno funcionamento do organismo – sua interação com o ambiente, seus feitos e legados. Há quem diga que a vida humana não se limita a passagem por este universo – ela desafia os limites da física, além de que os olhos podem ver. Isso varia de acordo com nossas concepções, crenças e cultura.
            A medicina cumpre seu papel que é preservar e aumentar a qualidade de vida das pessoas. Algumas doutrinas proíbem seus seguidores de receberem doações de sangue ou órgãos de outros indivíduos – eles devem encarar a doença/condição com algo natural e inerente ao ser humano – não sendo necessária intervenção de terceiros. Porém, o exercício da medicina está à favor da vida e não em detrimento dela.
            Outros acreditam que a cura para enfermidades está na fé, no poder da mente sobre o corpo – nós enquanto seres vivos somos “matéria” (tem massa e ocupa um espaço) e toda matéria é constituída por energia – então temos o “poder” de atrair e repelir “energia”, tanto boas como ruins.
            Existem pessoas que se encontram em “estado vegetativo” – clinicamente estão vivos, mas geralmente, não falam, não andam, estão inconscientes e mal respondem aos estímulos do ambiente. Elas são objeto de discussões sobre “eutanásia”, que prevê o desligamento dos “aparelhos” que as mantêm vivas. Mas é um assunto delicado e polêmico que ainda não se chegou num consenso.

            Entre ciência e religião há teorias conflitantes, mas sabe-se que elas caminham juntas em prol à sobrevivência da espécie humana. Logo, é preciso conciliar a medicina com a crença, encarando a primeira como uma forma de evitar dor/sofrimento – evitando o definhamento do organismo – e a segunda, como alicerce para nos apoiarmos quando as doenças/enfermidades aparecem e nos deixa desmotivados e sem esperança.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Bisbilhotagem

            Suspeito de ser espionado pela agência nacional dos Estados Unidos (NSA), o Brasil recebe a denúncia como uma afronta à soberania nacional, já que não enxerga motivos aceitáveis para monitorar telefonemas e e-mails brasileiros. A questão foi elucidada depois que Edward Snowden (ex-analista americano de inteligência) entregou documentos que revelariam o esquema de vigilância de diversos países estrangeiros. A notícia teve repercussão mundial e ameaça as relações diplomáticas entre o governo americano e nações como China, Rússia, Irã e Paquistão.
            Na América Latina o Brasil aparece como principal alvo no tráfego de telefonia e dados (origem e destino). Estima-se que o país teve cerca de 2,3 milhões de telefonemas e mensagens espionadas. A presidente pediu explicações para tamanha investigação, mas o governo norte-americano disse que não vai comentar publicamente as atividades de inteligência, alegando que o eles têm acesso à informações que qualquer outra nação poderia obter.
            Países latino-americanos com México e Peru criaram leis para proteger a privacidade. O Brasil ainda carece de uma legislação específica – o Estado apenas garante a privacidade como direito fundamental. Recentemente foi aprovada a “Lei Carolina Dieckmann” feita para proteger usuários de crimes cometidos no ambiente virtual, mas como se trata de legislação brasileira há brechas que permitem tirar a responsabilidade de quem cometeu o crime quando há falta de atenção por parte da vítima.
            O fato é que Estado Unidos fracassou em sua política ao mostrar que pode tudo, mas como qualquer país está sujeito a falhas no seu processo de segurança e prevenção – fato evidenciado no último ataque terrorista que vitimou três pessoas e feriu mais de 100. A nação está tão preocupada com os inimigos, que esquece de seus próprios cidadãos, colocando em cheque seu hegemonia representada pelo avanço tecnológico e prosperidade econômica.

            Entre motivos para o monitoramento das comunicações brasileiras, EUA alegam que pelo Brasil passa uma série de informações que podem aqui serem interceptadas. Impressiona tamanha desconfiança, dando a entender que o povo brasileiro representa uma ameaça ao país. O terrorismo continuará existindo enquanto raças e etnias quiserem impor sua soberania sobre os demais povos e nações – a ONU tem papel fundamental para decidir diretrizes e bases para um mundo sem injustiças, sobretudo o combate à supremacia e opressão.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Quanto vale uma amizade?

            O ser humano mantém relações sociais no âmbito familiar, profissional, pessoal e amoroso. Nessas esferas podemos distinguir várias espécies de vínculos: o espontâneo (que não exige nada em troca), o conveniente (conforme a ocasião), o unilateral (que satisfaz apenas sua vontade) e o incondicional (quando não mede esforços para estar/ficar ao lado de alguém). Como está nossa relação com as pessoas as quais queremos bem e o que temos feito para preservar e estreitar essas relações?
            Comumente somos surpreendidos por desilusões e essas se tornam ainda mais decepcionantes quando partem de pessoas nas quais depositamos confiança. Com isso, ficamos desgostosos e descrentes de uma amizade que nos parecia recíproca e verdadeira. Queremos encontrar o real motivo para tamanho descaso, mas nem sempre enxergamos razões plausíveis para tal atitude.
            Esquecemos que as pessoas são vulneráveis e tendem a fazer aquilo que lhe agradam e não necessariamente o que gostaríamos. O erro talvez esteja em esperar muito dos outros, enquanto ninguém dá aquilo que não tem. Podemos fingir por um tempo, mas não o tempo todo. Podemos enganar, simular, mas não conseguimos esconder de nós mesmos a verdade. Faz bem pro ego?
            A fidelidade não está em fazer a vontade dos outros, nem tampouco ser submisso a outrem. Ser amigo, companheiro, é uma doação, seja de tempo, seja de uma palavra, seja de um gesto simples e singelo - estar presente mesmo que distante, se alegrar com a felicidade alheia, se compadecer com a tristeza do outro, e, acima de tudo, ser leal, franco e tolerante.
            O mundo está carente de pessoas idôneas, prestativas e empáticas. Mantemos relações superficiais e subversivas. Não temos paciência e não fazemos questão de preservar amizades. É preciso reconhecer nossa fragilidade enquanto ser humano passível ao erro – dar o braço a torcer, ser paciente e compreensivo a fim de que sejamos lembrados como uma pessoa do bem, ao contrário daqueles que conservam um comportamento mesquinho e maquiavélico.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Barriga de aluguel

            
            Há relatos de que antigamente, quando uma mulher ficava viúva, o irmão do falecido tinha o dever de se relacionar com ela a fim de deixasse um descendente. Isso, lógico, dentro do contexto e cultura da época. Atualmente, tem-se ouvido falar a respeito da barriga de aluguel, que acontece quando uma mulher se dispõe a gerar um filho, sem fins lucrativos, com o propósito de realizar um sonho de casais, que por diversos motivos, não podem conceber um filho.
            A gestação de substituição é uma técnica muito utilizada por casais que desejam ter um filho, mas por razões biológicas não conseguem. Entre eles, podemos destacar os homossexuais. O Brasil carece de uma legislação específica para tal prática, mas o Conselho Federal de Medicina proíbe o pagamento para mulheres que emprestam seu útero e determina que as doadoras tenham parentesco de até quarto grau (mãe, irmã, avó, tia, prima), salvo raras exceções.
            Embora seja considerado crime, existem mulheres que se aproveitam da situação para, de fato, alugarem sua barriga. Podemos encontrar facilmente anúncios na internet, comparando a gestação como um serviço e reduzindo o feto a um produto.
O artigo 15 da Lei 9434/97 prevê crime para a compra ou venda de tecidos, órgãos ou partes do corpo, com pena que varia de três a oito anos,além de multa.
            Cabe ressaltar que quem se dispõe a gerar a criança, apenas empresta o útero, sendo que a fertilização é feita “in vitro”(fora dele), não tendo direito legal sobre a mesma. Por isso, a doação deve ser espontânea e consciente, já que o artigo 299 do Código Penal condena quem faz declaração falsa em documento público ou particular, podendo ficar de um a cinco anos em reclusão.
            As práticas de reprodução assistida ainda não têm leis que as regulamente, sendo amparadas pelo Conselho Federal de Medicina, que tem força de lei. O direito de conceber um filho é inerente a qualquer ser humano. As técnicas, formas e meios para se obter um descendente podem variar de acordo com a cultura, legislação e princípios religiosos. A ética profissional, aliada ao bom senso individual devem caminhar juntas para o bem comum, de modo que não infrinja às leis, nem tampouco denigram valores morais.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

terça-feira, 2 de julho de 2013

Governo totalitarista


           
A onda de protestos que repercutiu no mês de junho deste ano mostra a força da camada popular brasileira e representa um grito de intolerância diante de fatos que denigrem a política nacional, marcando um momento histórico de indignação frente à atual administração presidencial. Para calar a voz do povo nas ruas, a excelentíssima presidente anuncia um pacote de reformas que pretende dar um salto de qualidade nos setores emergentes, além de propor uma pena severa para crimes como a corrupção, escancarada no governo petista.
            O aumento do preço das passagens de ônibus foi só o estopim que levaria tantos cidadãos às ruas, reivindicarem desde melhorias nos serviços públicos, até o combate da inflação que têm diminuído o poder de compra dos brasileiros. Estudantes e representantes das mais diversas categorias de trabalhadores queriam apenas exercer cidadania, já que a Constituição lhes garante o direito de ir e vir, mas as manifestações tiveram clima de guerra.
            Para conter a febre dos motins que vinham crescendo vertiginosamente, Dilma Rousseff lança cinco pactos que atenderia, pelo menos, grande parte das medidas exigidas. Porém, os objetivos traçados tiveram falhas no seu planejamento, em decorrência da intangibilidade dos mesmos, uma vez que para colocá-los em prática, passaria por cima da Constituição, bem como extrairia do tesouro nacional, recursos que ninguém sabe de onde viriam. Logo, o pacto foi recebido com uma tentativa ou manobra política de um golpe de estado.
            Por trás dessa história toda, está uma figura bem conhecida, mas pouco enfatizada: o ex-presidente Lula, representante dos esquerdistas, que não deu a cara à tapa, e está omisso, perante a sociedade brasileira. A impressão que se tem é que ele quer se eximir das responsabilidades e com tamanha falta de atitude, mostra-se um homem desleal e inidôneo, pois em seu discurso político, dizia que era capaz de conduzir e convencer as massas. E assim o fez. Conduziu-os para as ruas, despertando um sentimento de infidelidade e incredulidade por parte da população.

            O fracasso do governo petista está iminente – o povo brasileiro não enxerga mudanças significativas a curto e médio prazos. Dentre as medidas que devem ser tomadas com urgência, está o fim voto por legenda, que elege candidatos de determinados partidos e não aqueles de fato, escolhidos pelo eleitor. Em suma, os pactos, longe de se tornar realidade pela burocracia, mostram a incompetência do governo em gerir políticas que beneficiem a todos e não apenas enriqueçam parlamentares, ministros e demais nomeados para cargo público.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos