quarta-feira, 10 de julho de 2013

Quanto vale uma amizade?

            O ser humano mantém relações sociais no âmbito familiar, profissional, pessoal e amoroso. Nessas esferas podemos distinguir várias espécies de vínculos: o espontâneo (que não exige nada em troca), o conveniente (conforme a ocasião), o unilateral (que satisfaz apenas sua vontade) e o incondicional (quando não mede esforços para estar/ficar ao lado de alguém). Como está nossa relação com as pessoas as quais queremos bem e o que temos feito para preservar e estreitar essas relações?
            Comumente somos surpreendidos por desilusões e essas se tornam ainda mais decepcionantes quando partem de pessoas nas quais depositamos confiança. Com isso, ficamos desgostosos e descrentes de uma amizade que nos parecia recíproca e verdadeira. Queremos encontrar o real motivo para tamanho descaso, mas nem sempre enxergamos razões plausíveis para tal atitude.
            Esquecemos que as pessoas são vulneráveis e tendem a fazer aquilo que lhe agradam e não necessariamente o que gostaríamos. O erro talvez esteja em esperar muito dos outros, enquanto ninguém dá aquilo que não tem. Podemos fingir por um tempo, mas não o tempo todo. Podemos enganar, simular, mas não conseguimos esconder de nós mesmos a verdade. Faz bem pro ego?
            A fidelidade não está em fazer a vontade dos outros, nem tampouco ser submisso a outrem. Ser amigo, companheiro, é uma doação, seja de tempo, seja de uma palavra, seja de um gesto simples e singelo - estar presente mesmo que distante, se alegrar com a felicidade alheia, se compadecer com a tristeza do outro, e, acima de tudo, ser leal, franco e tolerante.
            O mundo está carente de pessoas idôneas, prestativas e empáticas. Mantemos relações superficiais e subversivas. Não temos paciência e não fazemos questão de preservar amizades. É preciso reconhecer nossa fragilidade enquanto ser humano passível ao erro – dar o braço a torcer, ser paciente e compreensivo a fim de que sejamos lembrados como uma pessoa do bem, ao contrário daqueles que conservam um comportamento mesquinho e maquiavélico.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

4 comentários:

  1. É isso aí Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! É preciso suportar os defeitos dos outros, uma vez que os outros também suportam os nossos...beijão!

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  2. Pelo jeito não vale muito não, mas blz. cada um no seu quadrado.

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