Buscando razões plausíveis e
aceitáveis para o “ciúme”, encontramos diversos pretextos como: amor em
demasia, insegurança, desconfiança, medo de ser traído(a) e por aí vai. É importante
ressaltar que cada pessoa age de forma distinta quando o assunto é “possessão”.
Talvez o comportamento ciumento parte de uma vontade intrínseca de querer bem o
outro, uma vez que forças externas podem desviar a atenção da pessoa de quem se
gosta e isso representar uma ameaça para a relação.
O ciúme acontece não só entre casais
– permeia relações de parentesco e amizades também. O que mais se evidencia são
relacionamentos no qual sempre existe um dominador e um dominado – a insegurança
sempre parte de alguém que já foi traído ou até mesmo trai e tem medo de que
acontece o mesmo com ele(a). Mas isso não é regra. Há casos em que existe uma
hierarquia: um dos dois é mais atraente, despertando mais olhares/cobiça.
O homem, culturalmente, é visto como
“galanteador”, ou seja, ele quem vai escolher a “fêmea” com quem deseja ficar. Muito
embora, houve mudanças de comportamento – a mulher ousada e moderna pode
demonstrar interesse e ter iniciativa. Essa relação é tão complexa de modo que
eles podem ter diversas parceiras, enquanto elas, quando isso acontece, não são
bem vistas e taxadas como promíscuas.
Os relacionamentos maduros aprendem a
lidar como o ciúme – ambos sabem que estão sujeitos às tentações a todo tempo e
usam a racionalidade para se livrar delas. A pressão psicológica sobre a vida
pessoal do parceiro cerceia sua liberdade enquanto indivíduo, pois cada um deve
ter sua privacidade e autonomia. Rastrear telefonemas, rede social, entre outros
é uma atitude desleal e antiética.
Seja qual for o seu tipo de relação
é importante lembrar que existem limites para se sentir ciúme – aquele sentimento
de que fulano(a) é nosso e este tem que se dedicar/dar atenção exclusivamente à
nós é uma atitude doentia. Por isso é necessário conter as emoções, deixar para
discutir problemas em casa, colocar os “pingos nos is” quando estiver a sós. Tudo
isso claro, se quisermos preservar nossos vínculos e construir uma união
saudável e duradoura.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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