quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ciúme, quem tem?

            Buscando razões plausíveis e aceitáveis para o “ciúme”, encontramos diversos pretextos como: amor em demasia, insegurança, desconfiança, medo de ser traído(a) e por aí vai. É importante ressaltar que cada pessoa age de forma distinta quando o assunto é “possessão”. Talvez o comportamento ciumento parte de uma vontade intrínseca de querer bem o outro, uma vez que forças externas podem desviar a atenção da pessoa de quem se gosta e isso representar uma ameaça para a relação.
            O ciúme acontece não só entre casais – permeia relações de parentesco e amizades também. O que mais se evidencia são relacionamentos no qual sempre existe um dominador e um dominado – a insegurança sempre parte de alguém que já foi traído ou até mesmo trai e tem medo de que acontece o mesmo com ele(a). Mas isso não é regra. Há casos em que existe uma hierarquia: um dos dois é mais atraente, despertando mais olhares/cobiça.
            O homem, culturalmente, é visto como “galanteador”, ou seja, ele quem vai escolher a “fêmea” com quem deseja ficar. Muito embora, houve mudanças de comportamento – a mulher ousada e moderna pode demonstrar interesse e ter iniciativa. Essa relação é tão complexa de modo que eles podem ter diversas parceiras, enquanto elas, quando isso acontece, não são bem vistas e taxadas como promíscuas.
            Os relacionamentos maduros aprendem a lidar como o ciúme – ambos sabem que estão sujeitos às tentações a todo tempo e usam a racionalidade para se livrar delas. A pressão psicológica sobre a vida pessoal do parceiro cerceia sua liberdade enquanto indivíduo, pois cada um deve ter sua privacidade e autonomia. Rastrear telefonemas, rede social, entre outros é uma atitude desleal e antiética.
            Seja qual for o seu tipo de relação é importante lembrar que existem limites para se sentir ciúme – aquele sentimento de que fulano(a) é nosso e este tem que se dedicar/dar atenção exclusivamente à nós é uma atitude doentia. Por isso é necessário conter as emoções, deixar para discutir problemas em casa, colocar os “pingos nos is” quando estiver a sós. Tudo isso claro, se quisermos preservar nossos vínculos e construir uma união saudável e duradoura.


Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

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