Despedida
sempre causa muita tensão e às vezes sofrimento. São pessoas que se vão, sem
data pra voltar e outras que jamais retornarão para a vida na terra. A partida
é o início de uma nova etapa/jornada e com ela se vão as lembranças e fica a
saudade. Reminiscências, nostalgia, remorso... Tudo que poderia ter sido e não
foi. O tempo passa... O que fizemos, em que fomos omissos? A única certeza
quanto ao que há de vir é a incerteza.
Há pessoas que tem facilidade para
lidar com mudanças – são aquelas acostumadas com imprevistos, sejam eles
naturais ou mecânicos – pela força da natureza ou pela instabilidade econômico-financeira.
Não necessariamente elas gostam desse “nomadismo”, mas há diversas
circunstâncias que as motivam buscar novos horizontes/alternativas a fim de
reconstruírem sua vida e serem felizes.
Outros, porém têm uma dificuldade
enorme para se adaptarem a novos ambientes – nascem, crescem e morrem no mesmo
lugar. Não que eles não gostem de desafios, ou não sabem lidar com a distância,
mas há fatores culturais e sociais presentes – como a constituição de vínculos
e conseqüente subordinação da felicidade a esses laços. Pode ser um trabalho,
família, amigos, entre outros.
Existem aqueles que por uma razão ou
outra são obrigados a deixar o lar, seja para estudar, trabalhar, casar...
Essas pessoas, geralmente planejam sua partida, mas nem por isso sofrem menos
ou não sentem saudades – elas aprendem a lidar com a distância e com o tempo a
situação se torna tão natural que já não enxergam mais problemas em morar longe
de quem se gosta.
As mudanças são inerentes a qualquer
ser humano – uns se adaptam facilmente a elas, outros, porém demoram para
aceitar a realidade. O fato é que estamos neste mundo de passagem e, mais cedo
ou mais tarde iremos para onde talvez não queiramos ir, e quiçá, possamos
escolher onde ficar e aproveitar últimos dias de nossa vida.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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