As civilizações
da antiguidade acreditavam nos deuses da natureza e atribuíam a eles o
significado de vários fenômenos até então não explicados cientificamente. O fato
é que todos precisavam crer em algo, em um ser superior. A colonização de povos,
não raras vezes era imposta, incutindo-lhes sua cultura e doutrina. Eles usavam
o nome de “deus” para justificar seu domínio e submissão. Tudo isso em nome da
salvação, haja vista que o paganismo predominava. Hoje, embora desde cedo somos
orientados a seguir determinada doutrina, quando adultos, podemos escolher qual
“caminho” seguir.
Na última década o número de “seitas”
e igrejas cresceu vertiginosamente. O cristianismo que até então predominava, vem
perdendo espaço para outras “filosofias”. Sem contar nas próprias “subdivisões”
na própria Igreja Católica. Porém essa não é a questão crucial. Estamos falando
de “falsos profetas” – pessoas que usam o nome de Deus para impor seu ponto de
vista de modo que não existe outra verdade a não ser aquela. Geralmente eles têm
grande poder de persuasão e seus “seguidores”, baixo grau de instrução.
Pessoas equivocadas dizem que
diversos caminhos podem levar a Deus. De fato “ele” pode se manifestas de
várias formas, porém nem sempre o que dizem ou sugerem é uma verdade imutável –
entenda que uma vida pautada no egoísmo, inveja, soberba, vingança, ódio,
luxúria..., pode não ser o caminho para o “paraíso”. Não que tenhamos que ser “perfeitos”,
mas preservar virtudes e evitar comportamentos “desumanos” talvez seja uma
forma mais coerente de se viver.
“Mas eu não mato, não roubo, não
faço mal a ninguém...” Pois é, não fazemos mais que obrigação! Devemos analisar
se nossas atitudes não prejudicam os outros. Às vezes acreditamos que estamos
em vantagem, quando na verdade podemos pagar o preço por esse “benefício” a
longo prazo. Ao menos que queiramos aproveitar apenas o momento, sem se
preocupar com o futuro e com o que acontece conosco após a morte.
A escolha da
doutrina/religião/filosofia de vida a ser seguida não importa. O que realmente
faz sentido é vivermos de modo que nossos desejos, anseios e vontades não
prejudiquem terceiros, ou seja: precisamos ser mais analíticos, menos
impulsivos, mas pacientes, menos egoístas... O segredo de uma vida rica,
permeada de vitória, conquistas e realização pessoal está na capacidade de
compreender de que temos apenas uma e que ela, por seu uma dádiva, deve ser
valorizada e preservada.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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