O tráfego
de veículos na cidade de São Paulo está se tornando a cada dia mais caótico.
São cerca de 900 novos emplacamentos diariamente e as vias acesso não dão conta
de tamanha demanda. Soma-se ainda a ineficácia do transporte público, tanto de
ônibus como de metrô, que carece de infraestrutura, conforto e segurança. Em meio
ao caos, motoristas e passageiros veem perdendo sua qualidade de vida, causada
pelo esgotamento físico e danos psicológicos do trânsito parado.
Nos últimos dez anos a frota do
município quase que dobrou, enquanto o malha viária não aumentou 10%. Como há
poucos corredores exclusivos para ônibus, eles acabam disputando espaço com os
demais veículos. Logo, em horários de pico, o trânsito é lento, não organizado,
estressante e até mesmo perigoso.
O que se vê nas ruas, são muitos
veículos ocupados por uma só pessoa. Culturalmente, muitos não tem o costume de
“dar carona” e acabam pagando o preço pelo “egoísmo”. Foi criado um sistema
onde motoristas que estiverem com dois ou mais passageiros, podem pegar uma
faixa exclusiva, em determinadas vias e horários, mas sua eficiência é
duvidosa.
Como se não bastasse os problemas de
tráfego, o paulistano ainda tem que conviver com a ameaça de assaltos e
violência, já que ficam expostos ao perigo, quando estão parados esperando o
trânsito fluir. Quem se beneficia disso são vendedores, muitas vezes crianças,
que oferecem produtos nos semáforos ou entre as faixas.
Não adianta proibir a circulação de caminhões
nas marginais, enquanto aumenta-se o fluxo de carros nos horários restritos. O
problema não foi solucionado com o rodízio, já que não poucos têm mais de um
veículo. Portanto, é urgente uma medida mais efetiva, eficaz, pois os
paulistanos não podem pagar com a saúde e nem tampouco perderem tempo e
dinheiro.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário