terça-feira, 18 de junho de 2013

É hora, é hora... Dilma, Dilma!

A onda de protestos que vem ocorrem nos últimos dias, em especial ontem, 17 de junho de 2013, marcam um momento histórico de insatisfação do atual governo, marcado por escândalos e corrupção que há anos têm vindo à tona e pouco ou quase nada se tem feito para condenar/punir os responsáveis por tamanho desvio de dinheiro público. Alguns acreditam na falência da democracia, galgada por uma hegemonia partidária, que muito se assemelha ao chavismo venezuelano, tendo em vista que governança não está à favor do povo, mas sim em detrimento dele com benefício parlamentar e elitista.
Como os brasileiros podem acreditar em uma nação que aprova um salário exorbitante aos deputados, enquanto muitos cidadãos se calam com o benefício de um “Bolsa Família”, que ironicamente é chamado de transferência de renda? A tão estimada “classe C” se contenta em poder comprar um carro zero, financiar uma casa própria, mas é ela que mais contribui para os cofres públicos, que mais usa o transporte público, a rede básica de saúde, bem com a educação estadual e do município... Está ela satisfeita com a qualidade dos serviços prestados?
É óbvio que prefeitos, governadores, deputados e presidência estão abertos às discussões e negociações, pois os mesmos não fazem uso desses meios e serviços. Mas o contribuinte sente que é o momento de mudança, não de promessas, porque a eleição presidencial está iminente e logo vem as demagogias usadas para conquistar o eleitorado. O povo já esperou mais de 10 anos por mudanças e quer manifestar seu inconformismo diante de tanta balela, falcatrua e cinismo.
O investimento no esporte está à mil, enquanto a sociedade padece pela disparidade econômica, pelo descaso na saúde, pela violência que bate à porta, pelos preços que oscilam mais que a cotação do dólar e pela incerteza de uma previdência que está mal das pernas, além da carga tributária que consome ¼ de nosso trabalho a cada ano. É isso que queremos para nossos descendentes? É esse país que foi colonizado em nome do progresso? Ou é a realidade nua e crua que ameaça nossa gana por dias melhores e boas perspectivas?
Muitos já previam que os programas de incentivo ao consumo e não à indústria iriam implicar numa falsa sensação de “aumento do poder de compra”, e hoje a população sente no bolso os efeitos inflacionários de uma política monetária absolutista, que primeiro injeta dinheiro na economia e só depois afere os resultados dessa medida. O povo brasileiro está mais instruído e não engole o que lhe subestima. É de diálogo que se precisa, pois em termos de violência já somos referência. Toda corja de parlamentares, está na hora de mostrar serviço! E presidenta, rebole, se vira no “quadradinho de oito”, se não quiseres sofrer um “impeachment”.

 Vinícius Vendrame,  publicitário,  26 anos

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