segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cotas nas universidades

A reserva de vagas nas universidade para negros tem levantado muitas discussões quanto ao critério usado para classificar o contista como tal. O Brasil tem aproximadamente 40% da população mestiça, logo pode acontecer do branco ter que provar que é afrodescendente, para o mulato se convencer de que é negro.
Estudos tem comprovado que muitos brasileiros que são aparentemente brancos possuem traços genéticos africanos (como lábios carnudos, nariz fornido) e podem se dizer um afrodescendente.  Deste modo, a decisão tem cunho político e ideológico, não necessariamente genético.
Se uma pessoa, visivelmente branca, declarar-se como negra para concorrer às cotas e reivindicar seus direitos, não há como contestar. Apenas exame genético comprovaria, mas seria inviável todos fazerem testes. O mesmo ocorreria com negros que possuem traços europeus, pois muitos mestiços são euro-descendentes.
É dito ainda que as cotas não são benéficas porque segregam. E tudo que divide não pode ser visto como igualitário, além de subestimar seu intelecto, pois o negro não é menos capaz do que um branco. Entra em jogo o conceito afrodescendente que foi criado pelo próprio negro na busca de se aproximar com os mestiços.
A política que visa combater a desigualdade social, econômica e educacional, possui deficiências no que tange à classificação dos cotistas – exigir prova de negritude de qualquer brasileiro é colocar em questão teses, argumentos e provas que permitem interpretações subjetivas.

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