quinta-feira, 20 de junho de 2013

Síndrome de Burnout

            A síndrome de Burnout é uma doença pouco conhecida, caracterizada pelo esgotamento físico e mental do indivíduo motivados pelo trabalho. No Brasil não há registros sobre ela e seus sintomas são muito parecidos com o do estresse. A pessoa consome-se física e emocionalmente, apresentando exaustão e um comportamento agressivo e irritadiço. Ela está mais sujeita aos profissionais que lidam com pessoas das quais se espera pelo menos uma atitude respeitosa e cordial.
            Médicos, professores, enfermeiros, policiais, psicólogos e recentemente até funcionários de companhias aéreas estão entre aqueles com alto índice de desenvolver a síndrome. Áreas como da tecnologia da informação, engenharia, vendas/marketing, finanças etc. são consideradas também muitos estressantes. A doença pode atingir pessoas excessivamente críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os outros, e que têm maior dificuldade de lidar com situações difíceis.
Idealismo elevado, excesso de dedicação, alta motivação, perfeccionismo, são fatores que podem desencadear a doença, às vezes confundida com o estresse convencional, mas diferencia-se pela “desumanização” – atitudes negativas e grosseiras no ambiente de trabalho, que pode se estender até aos colegas, amigos e familiares. Em geral são indivíduos que gostam e se envolvem com o que fazem, não medindo esforços para atingir seus objetivos e o da empresa.
            Dentre os sintomas podemos destacar: irritabilidade, baixa autoestima, ansiedade, isolamento, pessimismo, alterações de humor, dificuldade de concentração, além de insônia, depressão, dores musculares, enxaqueca, pressão alta, distúrbios gastrointestinais, que muitas vezes estão associados à síndrome.
            O ambiente de trabalho, de alguma maneira, estimula certos comportamentos entre profissionais, criando condições para pré-dispor a doença, ocasionando afastamentos e licenças médicas. Contudo, é necessário hábitos saudáveis, como a prática de esporte, a fim de canalizar o estresse. A organização também deve contribuir para maior dinamismo e relaxamento no ambiente corporativo, com programas de entretenimento, lazer e bem-estar.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

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