Todos têm acompanhado as manifestações
que vêm ocorrendo nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre etc.,
em virtude de que o preço da passagem de ônibus e metrô tiveram aumento. Mas quais
são os verdadeiros motivos para tais protestos – é a inflação que assombra a
economia, é indignação perante o governo atual, ou são as poucas perspectivas
que se vê quanto às melhorias no transporte público?
Muitos dizem que os movimentos não
têm liderança, foco, objetivo claro e definido. Eles agem aleatoriamente, não
raras vezes de forma enérgica e impulsiva. A polícia perde o controle da
situação e responde de maneira desordenada e ostensiva. O caos se instala, nada
se resolve a alimenta o desejo de se rebelar por parte dos manifestantes.
Há especulações de que as manifestações
estão apenas reivindicando direitos como a liberdade de ir e vir, de modo
análogo aos movimentos estudantis do século passado. Eles querem uma política
mais transparente, mais igualdade e cogitam na isenção da tarifa do transporte,
assim como acontece na saúde e educação, que são serviços prestados com o
dinheiro público, financiados pelo contribuinte.
Outros alegam que o país vive um
descontrole na sua política monetária, com grande emissão de moeda e consequente
aumento da inflação – o poder aquisitivo pode até ter aumentado, mas há muita instabilidade nos preços, fazendo com que o consumidor tenha que desembolsar
mais dinheiro para consumir o mesmo produto/serviço.
Seja qual for o caráter dos
protestos, eles devem ser considerados como legítimos. O que não se pode
admitir é a desordem e a repressão violenta por parte das autoridades. Prefeitos
e governadores têm se manifestado, mas a impressão que se tem é que eles
preferem ficar em cima do muro, talvez porque não estão na linha de fogo. Logo,
os motins não tem data para cessar, instaurando no país um clima de hostilidade
e insegurança.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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