terça-feira, 10 de setembro de 2013

O que eles falam não é sério

            O que se viu nos últimos meses foram manifestações populares que emergiam das mais das mais diversas camadas sociais, de maneira viral, impulsionadas pelo pode das redes sociais e manipuladas pelos meios de comunicação. Sim, pasmem se for mera coincidência que o governo brasileiro se assemelhe com o da Argentina, Bolívia e Venezuela que têm controle sobre os meios de comunicação em massa, cerceando os direitos de liberdade de expressão – a censura.
            É de admirar que o ex-presidente Lula compare os presos cubanos com os brasileiros, lembrando que os primeiros são contrários ao regime que predomina do país. O mesmo acontece com os médicos que de lá vieram sem garantias trabalhistas, sem direito de rescindir contrato e sem saber o quanto vão ganhar realmente. Há rumores que esse acordo já estava firmado antes mesmo dos protestos eclodirem, pois a relação com o governo cubano é de longa data.
            Um partido de esquerda como o PT defende ideais do povo, das classes menos favorecidas, mas o que vemos no Brasil é extremamente ao contrário: o aumento da disparidade entre pobres e ricos, além da hegemonia partidária, que quer se manter no poder a qualquer custo, usando de artifícios e manobras inconstitucionais – dribla o ministério público, manipula parlamentares para votarem à favor de seus próprios interesses e compra o silêncio de veículos de comunicação.
            As propagandas governamentais são carregadas de vanglória – exaltam a autosuficiência enquanto país emergente, como se as deficiências nacionais já estivessem sanadas. O discurso presidencial mostra o despreparo de uma pessoa que fala a linguagem popular, mas não tem jogo de cintura para enfrentar desafios econômicos e diplomáticos, tendo em vista sua subordinação ao amante político Lula, que se intitula idealizador do programa Bolsa-Família usado pelo governo como artifício eleitoreiro.
            Está na hora de demonstrar que o Brasil, embora vitimado pela má gestão presidencial, não pode deixar se influenciar por informações destorcidas e maquiadas. Precisamos identificar o cinismo disfarçado em voz de veludo, principalmente agora, em que as propagandas partidárias são carregadas de ufanismo. A demagogia é arte de manipular os outros em detrimento de seus próprios interesses, logo, é fundamental esboçarmos nossas próprias concepções baseadas em atitudes e não em palavras.
             
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

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