O que se viu nos últimos meses foram
manifestações populares que emergiam das mais das mais diversas camadas
sociais, de maneira viral, impulsionadas pelo pode das redes sociais e
manipuladas pelos meios de comunicação. Sim, pasmem se for mera coincidência
que o governo brasileiro se assemelhe com o da Argentina, Bolívia e Venezuela
que têm controle sobre os meios de comunicação em massa, cerceando os direitos
de liberdade de expressão – a censura.
É de admirar que o ex-presidente
Lula compare os presos cubanos com os brasileiros, lembrando que os primeiros
são contrários ao regime que predomina do país. O mesmo acontece com os médicos
que de lá vieram sem garantias trabalhistas, sem direito de rescindir contrato
e sem saber o quanto vão ganhar realmente. Há rumores que esse acordo já estava
firmado antes mesmo dos protestos eclodirem, pois a relação com o governo cubano é de longa data.
Um partido de esquerda como o PT
defende ideais do povo, das classes menos favorecidas, mas o que vemos no
Brasil é extremamente ao contrário: o aumento da disparidade entre pobres e
ricos, além da hegemonia partidária, que quer se manter no poder a qualquer
custo, usando de artifícios e manobras inconstitucionais – dribla o ministério
público, manipula parlamentares para votarem à favor de seus próprios
interesses e compra o silêncio de veículos de comunicação.
As propagandas governamentais são
carregadas de vanglória – exaltam a autosuficiência enquanto país emergente,
como se as deficiências nacionais já estivessem sanadas. O discurso
presidencial mostra o despreparo de uma pessoa que fala a linguagem popular,
mas não tem jogo de cintura para enfrentar desafios econômicos e diplomáticos,
tendo em vista sua subordinação ao amante político Lula, que se intitula
idealizador do programa Bolsa-Família usado pelo governo como artifício
eleitoreiro.
Está na hora de demonstrar que o
Brasil, embora vitimado pela má gestão presidencial, não pode deixar se
influenciar por informações destorcidas e maquiadas. Precisamos identificar o
cinismo disfarçado em voz de veludo, principalmente agora, em que as
propagandas partidárias são carregadas de ufanismo. A demagogia é arte de
manipular os outros em detrimento de seus próprios interesses, logo, é
fundamental esboçarmos nossas próprias concepções baseadas em atitudes e não em
palavras.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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