quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Era uma vez o PT

Discutir e entender sobre política é tão fundamental como saber ler e escrever. O voto garante-nos o exercício da cidadania, mas não é sinônimo de justiça e igualdade. Há pessoas que são descrentes: “ah, é uma cambada de ladrões, nunca vai mudar”, outras dão um toque de eufemismo e dizem: “tem gente boa, mas a maioria é tudo corrupta”. Seja qual for nossa concepção sobre o cenário político brasileiro, é de suma importância compreender o momento atual, a fim de escolher um representante na próxima eleição.
Até quem não demonstrou interesse em manifestar, sabe que a crise atual bate nas costas do governo como um vento frio, seguido de pancadas de escândalos e chuva de insatisfação. De repente, uma enxurrada de promessas surge da lama e do caos, sem eira nem beira, sem pés, nem barrancos. A maré abaixa, mas ainda há risco de tempestades e os meteorologistas apontam um clima de instabilidade, com nuvens de confusão e rajadas violentas de projetos inconstitucionais.
 A câmara dos deputados trabalha a todo vapor, porque a locomotiva do plenário ficou estacionada na estação da liberdade. Agora os operários querem mostrar serviço e a comandante já não sabe onde quer chegar. O risco de uma pane no sistema está iminente, mas ela não pode acionar a manutenção, porque a tucanada está solta e quer entrar na briga para ver quem bica os trens e metrôs.
O real, que mais parece fantasia, some nas mãos dos trabalhadores e aparece estampado nas mansões ministeriais e voando no palácio do planalto. No circo dos deputados tem até palhaço, mágico e malabarista – brincam, somem e manipulam. A entrada não é cobrada, apenas vira sócio em longo prazo. “Quem tá fora, quer entrar, mas quem tá dentro não sai”.
A mãe Joana acredita que para ter saúde, basta ter consulta e contrata uma leva de comunistas revolucionários vítimas da ditadura, acostumados a viver sob pressão e com pouco dinheiro. Porque aqui, não falta infraestrutura, apenas interesse em querer trabalhar. Agora ninguém morre mais (pelo menos por falta de médico).
Não adianta demonstrar indignação e ser conivente com um governo déspota, totalitário, fantasiado de papai Noel, que te dá presente nas vésperas e as costas o ano todo. Nas urnas, não seja como a “chapeuzinho vermelho”, desconfie do lobo mal.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

Nenhum comentário:

Postar um comentário