terça-feira, 3 de setembro de 2013

Respeito e cidadania

As pessoas confundem irreverência com rebeldia. Parece que somos criados para seguir os padrões da sociedade e tudo que destoa do que é “normal”, é tido como desvio de conduta ou comportamento subversivo. Se você não se veste como a maioria, é relaxado; se não fuma, nem bebe é “quadrado”; se não transa antes do casamento é conservador; se não namora é gay! Até quando seremos taxados?
            Dizem que na vida a gente tem vocação – uns para constituírem famílias, outros para o celibato, e alguns para uma vida leiga e “descompromissada”. Em todas as esferas, busca-se a satisfação pessoal, bem como o desejo de pertencer a um grupo com o qual mais nos identificamos. Geralmente a gente tende a se relacionar com pessoas mais parecidas conosco, que tenham ideais e objetivos em comum. Quando não conseguimos identificar a qual grupo pertencemos, temos uma crise de identidade – mudamos com freqüência de amizades, criticamos antigas companhias e nos frustramos por não sermos aceitos por uma minoria.  
            Talvez a capacidade maior do ser humano é saber lidar com as mais diversas situações, com ponderação e bom senso, sem subestimar pessoas pelo modo como se vestem, pelo seu grau de instrução, pela suas características extrínsecas.
            O estereótipo é uma forma velada de preconceito, na medida em que subjugamos determinados indivíduos pela sua aparência física e não pelas suas qualidades intrínsecas.
             Haveria menos discriminação se todos fizessem esforços para tolerar, aceitar e quiçá, integrar aqueles cujo modo de ser foge à regra ditada pela moda, sociedade e grupos majoritários. Podemos começar pela aceitação dos médicos cubanos que irão atuar no país e que antes de chegarem, já eram (e são) muito criticados. Quanto à legalidade do exercício de suas funções e o regime no qual foram impostos, não fazem deles menos humanos, nem tampouco lhes tiram a capacidade de fazer o bem.

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

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