Que
o trânsito vitima milhares de pessoas a cada ano não é novidade pra ninguém e apesar
do rigor das leis, tirar a vida de alguém conduzindo um veículo automotor ainda
é considerado crime culposo (quando não há intenção de matar). Não raras vezes
o infrator responde em liberdade e se julgado pode até cumprir pena em
domicílio.
Vocês
se lembram do caso em que um estudante atropelou um ciclista na avenida
Paulista este ano em São Paulo? A vítima teve o braço decepado e o condutor do
veículo jogou o membro em um córrego. Ainda que ele (condutor) não teria intenção
atropelar, precisava ter feito tamanha barbaridade?
Todos
motorista está sujeito a atropelar alguém, porém alguns assumem o risco ao
conduzirem embriagados, em alta velocidade, fazendo manobras “radicais”. Nesses
casos pode haver o “dolo eventual” (ele tinha a ciência do que podia provocar).
Mas será que tais infratores, quando réus, aprendem com a lição?
A
verdade é que se não for pego em “flagrante” o motorista mantém sua vida social
até que sejam apurados os fatos. Não que ele teria de ser preso imediatamente,
mas é revoltante ver o infrator sorrindo enquanto a família da vítima sofre e
clama por justiça.
Diante
do exposto, podemos considerar que o crime no trânsito “vale a pena”, pois a
justiça, além de lenta, é tênue e está mais ao lado de quem infringe às regras
do que de quem as obedece. Mais do que reforma política, precisamos é de
reforma constitucional. Há muita gente “dolosa” sorrindo, enquanto pais
enterram filhos se lamentando.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário