quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Sexualidade

Até por volta da década de 60 do século passado tudo que era relacionado à sexualidade representava um tabu na vida das pessoas – o sexo não saía das quatro paredes e as gerações cresciam cheias de dúvidas e equivocadas. Todavia houve muitas mudanças culturais – movimentos que pregavam a liberdade sexual – e com o passar do tempo o universo sexual, que era privado, passou a fazer parte do contexto social. Atualmente o sexo é encontrado sob forma de conteúdo, serviço, produto, o que faz com que qualquer um possa ter acesso a ele ou às fontes de erotismo e de prazer.
Até hoje muitos pais usam da metáfora para designar órgãos sexuais, bem como relações que envolvam o ato sexual. A criança cresce com esse sentido figurado e não raras vezes descobre sozinha o próprio corpo, pois se não tem quem ensina e orienta, ela mesma vai em busca das informações. Tal atitude pode ser negativa na medida em que ela vivencia experiências que não necessariamente precisa, o que pode culminar numa perversão sexual, banalização do sexo ou até aversão a ele.
Falar sobre sexo é tão normal quanto discutir sobre religião e não existe idade mínina para que o assunto seja introduzido no âmbito familiar. O que não pode acontecer é passar a informação errada, porque o adolescente precisa de alguém em quem confiar e seus pais não dizem a verdade, ele(a) vai buscar outras fontes e recursos. Por isso é importante comentar sobre nossas próprias experiências sexuais a fim de que os “inexperientes” não repitam erros que a gente cometeu.
É preciso lembrar que ninguém está incentivando a prática do sexo como única fonte de canalizar nossas energias. O assunto deve ser abordado de modo que os jovens tenham ciência de que ele é saudável, mas que não existe idade certa para se ter a primeira relação sexual, nem tampouco que quem não pratica sexo é anormal e sofre de algum distúrbio – cada qual tem necessidade ou não de ter relações sexuais seja com quem ou quantas vezes quiser.
             A educação sexual não é papel só da escola – pais, responsáveis, tios, irmãos, avós ou amigos têm o dever de acompanhar o processo evolutivo da sexualidade da criança/adolescente, de modo que este não cresça à mercê da sociedade. A promiscuidade é um mal que vitima milhares de jovens e colocam-nos num mundo de fantasia, ilusório e surreal, e quando “acordam” já estão doentes e dependentes de sexo tal qual usuário de drogas. Sexo é bom, mas deve ser ponderado!

Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos

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