Não quero de maneira nenhuma ser
contra aos programas que beneficiam pessoas de baixa renda, apesar de duvidar
da sua política, gestão e resultados em longo prazo.
Recentemente a presidente sancionou
uma lei que prevê meia entrada para jovens entre 15 e 29 anos de baixa renda em
eventos culturais e esportivos – são 40% do total de ingressos. A mesma lei
também garantirá pelo menos quatro assentos nos ônibus municipais,
intermunicipais e entre estados.
Engraçado que em algumas partidas de
futebol, como aconteceu no estádio do “Mané Garrincha” em Brasília, no clássico
entre Santos e Flamengo, a entrada mais barata custava 100 reais. Isso é democracia?
Quando pensamos em sair de casa para
viajar já temos que fazer as contas de quanto pagaremos de pedágio, haja vista
que muitas rodovias são privatizadas, o que devia ser uma obrigação do estado,
já que o IPVA deveria ser destinado à conservação das estradas.
Voltado na questão do esporte, o Brasil
vai sediar a Copa e as Olimpíadas, mas vem se preparando para isso? A Jornada
da Juventude que aconteceu no Rio de Janeiro, apesar do prefeito Eduardo Paes
ter dito que foi um sucesso, houve alguns imprevistos como a chuva que levou os
fiéis para a praia de Copacabana. Com isso os comerciantes da região do “Campus
Fidei” tiveram um enorme prejuízo, uma vez que investiram em infraestrutura e
suprimentos, a fim de atender a demanda estimada. Sem contar na “pane” do
metrô, a demora e atraso dos ônibus.
O investimento pesado na construção
de estádios já está custando caro para o brasileiro. Há estimativas de que
serão aplicados 50 milhões até o final das obras. Tudo isso para atender aos “padrões
FIFA”.
Um país que prioriza o esporte,
justificado pelo turismo e aquecimento da economia, também vê o futebol como
elevação cultural, mas esquece que sem saúde e educação não se pode construir
uma sociedade justa, igualitária, digna de respeito e aplausos.
A condição de “baixa renda” não determina
que uma pessoa não tem capacidade de enxergar o que está diante dos seus olhos:
o descaso com o povo, a subestimação de seu intelecto e a ostentação disfarçada
num falso poderio econômico, desmantelado pela mazelas da gestão pública.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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