Seis
meses após as ‘jornadas de junho’, jovens da capital de São Paulo se reúnem nos
chamados rolezinhos, como forma de protesto. O governo do estado pediu ajuda
federal, mas descarta a intervenção de milícias. Lojistas e clientes se sentem
ameaçados dentro de um ambiente privado. Há que defenda tais encontros, como
uma expressão da ‘massa’, que se sente prejudicada pelo sistema capitalista.
Com
o advento das redes sociais, os jovens estão cada vez mais conseguindo se
organizar para os mais diversos fins e um deles são esses encontros nos
shoppings da maior cidade da América Latina. Todavia, determinados indivíduos
vão com o intuito de tumultuar, causas prejuízos e até mesmo aproveitar o
ensejo para subtrair aquilo que não lhes pertence.
A
legitimidade dos protestos acaba quando o foco das reuniões não é reivindicar
direitos iguais ou melhorias, mas sim provocar transtorno e pânico. Sabe-se que
a adolescência é uma fase onde o jovem quer revolucionar, quer assumir uma
identidade/papel diante da sociedade. Logo, eles tendem a buscar formas de se
expressar, mas não ponderam suas atitudes e acabam deturpando a ordem pública.
Existe
ainda a questão social – repudiar atos públicos pode gerar mais violência, pois
jovens são ousados e não raras vezes, gostam de contrariar. Por isso, figuras
políticas hesitam tanto antes de proferir qualquer palavra que cerceie a liberdade
dessa classe ávida por igualdade. Só que ficar em cima do muro não resolve. Então
acabam tendo opiniões controversas e duvidosas.
É
preciso entender ambas as partes – a do jovem que anseia por liberdade e a dos
cidadãos que precisam trabalhar e se entreter. Então, se faz necessário muita
cautela do estado ao tomar decisões radicais e sensatez dos jovens em suas
ações – sem ordem, dificilmente conseguirão o querem e sem foco, não se chega a
lugar nenhum. Comecem dando exemplo de civilidade e cidadania.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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