O
Brasil está tomado por ativistas, que abraçam as causas sociais e não
medem esforços para conseguir o que querem. Nessa batalha em prol da justiça,
certos militantes usam a força como instrumento, a fim de atingir seus
objetivos, passando até mesmo por cima da lei, quando não faltam com a ética. Agora
que as ruas ganham voz, basta expor-se na mídia para que seus ideais sejam
compartilhados, ganhando força, apoio e adesão.
Integrar
grupos, organizações e ONG´s preocupadas com causas nobres denotam o espírito
esquerdista daqueles que têm sede de igualdade. Defendem até mesmo o direito
dos animais em detrimento do homem. Caso encenado pela invasão do Instituto
Royal onde cães da raça beagle foram
libertos sob o pretexto de que sofriam maus tratos, ao serem utilizados como
“cobaias” em pesquisas para a formulação de cosméticos. Agora a instituição
fecha as portas, levantando questões sobre como serão realizados os testes
antes de serem aplicados em humanos.
Da
mesma forma agem os manifestantes nas ruas, apoiados até mesmo pela elite
burguesa. Esta última, chamada de esquerda caviar, gosta de incentivar atos em
prol dos pobres e oprimidos, enquanto gozam de prestígio, conforto e regalias.
Elas se expõem na mídia como defensores de uma sociedade mais justa, porém
estão pouco se lixando por aqueles que sofrem com as mazelas da gestão pública,
mesmo porque não precisam do Estado para enriquecerem e nem utilizam os
serviços prestados por ele.
Esse
viés de esquerda é totalmente desmantelado ao focarmos mais em fatos do que em
argumentos – usar personagens, como o pedreiro Amarildo, para pregar a justiça
social é uma forma se autopromever à custa da desgraça alheia. São socialistas
convictos, mas não abrem mão dos prazeres que o capitalismo proporciona.
Discursam em terceira pessoa (nós), enquanto na análise sintática exercem a
função de sujeito (eu) e são aplaudidos pelo agente da passiva (você).
O
Brasil vive um momento critico na política e na democracia. É preciso cautela
ao levantar bandeiras e lutar pelos diretos das minorias e daqueles que não
podem falar (animais). Ainda que não se possa confiar na justiça, passar por
cima da lei mostra que exige-se respeito enquanto não o tem; exige-se justiça,
enquanto usamos nossa medida para julgar os outros. O país precisa de cidadãos
que têm sede de transformação, mas para isso é fundamental mantermos a ordem e
agirmos mais pela razão e menos pelo impulso.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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