Todo
ano é a mesma coisa “se for beber, não dirija”, “use camisinha”. Parece que
carnaval se resume em sexo e bebedeira. Perderam-se os valores culturais e
morais desta data. Significa modernidade ou regresso político?
O
ministério da saúde procura alertar os cidadãos sobre os riscos dos quais todos
estão sujeitos: bebida + direção e sexo sem prevenção.
Ano
passado morreram mais de oito mil pessoas vítimas de acidentes de trânsito só
no período carnavalesco. E estima-se que 150 mil brasileiros sejam portadores
do vírus da Aids, mas não sabem.
Por
isso é tão importante as campanhas educativas nesse período, muito embora o
trabalho de conscientização deve ser o ano inteiro, uma vez que procura-se
poupar vidas, além de gastar-se menos com tratamentos de doenças ou sequelas de
acidentes.
Como
o carnaval é uma das maiores festas do planeta, é comum muitos turistas virem
prestigiar o evento. Logo, há de se preocupar com o turismo sexual, bem como
com a onda de assaltos e arrastões que vitima nativos e estrangeiros.
Veja
que não é fácil controlar todas essas esferas. É preciso muito jogo de cintura,
técnica e execução, a fim de melhorar as estatísticas que colocam o país em
estado de alerta, pois estão lidando com vidas, que são ceifadas ou limitadas
diante de tantas atrocidades.
Em
casa ou nas ruas, prestigiando ou não, todos brasileiros participam direta ou
indiretamente dessa festividade. Mexe com a rotina de milhões de pessoas e é
preciso muita cautela, prudência, num momento de euforia, ansiedade e fantasia.
Beber,
dançar, beijar na boca, não é proibido. Mas é fundamental a sensibilidade, a
ponderação e, sobretudo, o respeito e amor à vida. Pois campanhas não surtem
resultados, se cada um achar que não é nosso dever cuidar da própria saúde,
além de não prejudicar os outros.
Vinícius Vendrame, publicitário, 26 anos
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